A declaração, feita nesta quarta-feira (23) em evento virtual da Universidade Internacional Menéndez Pelayo, vem em meio à discussão no mercado sobre quando o Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) decidirá reduzir os estímulos por lá, de olho no avanço da inflação.
Se o tema envolvendo a autoridade monetária americana “está quente”, Guindos tratou de reduzir preocupações sobre a situação da zona do euro. “A inflação que estamos vendo é de natureza temporária. Esperamos desaceleração importante no ano que vem”, disse o economista, após reforçar que a retirada de estímulos será gradual. “Ao mesmo tempo, não podemos manter essas medidas extraordinárias para além do tempo necessário”, ponderou.
Nesta semana, a presidente do BCE, Christine Lagarde, também adotou uma postura “dovish” ao dizer que a instituição ainda tem espaço para cortar juros.
Luis de Guindos também disse esperar um crescimento econômico forte no segundo semestre deste ano, embora de forma desigual entre os países do bloco. Ele destacou a Alemanha como exemplo de recuperação acelerada e Itália e Espanha como os países “mais golpeados” pela crise trazida pela pandemia.
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