“Estamos abertos a cooperar para atender à questão da mudança climática, que é muito importante para o futuro. Esse é um dos principais desafios para as próximas décadas”, complementou o vice-presidente do BCE.
De Guindos destacou que apesar da importância de voltar a atenção para essa demanda, as questões fiscais não devem ser deixadas de lado. “A transição verde vai precisar de muito investimento, mas precisamos que ele seja compatível com o esforço de organização fiscal”, afirmou.
Além disso, o representante da instituição ressaltou a necessidade de participação de empresas nesse processo. “Não se trata apenas de investimento público, mas também privado”.
Nesse sentido, apontou a importância da união dos mercados de capital para financiar a transição para uma economia verde, assim como da divulgação mandatória de dados corporativos sobre sustentabilidade. “É altamente prioritário que incorporemos riscos de sustentabilidade nas relações entre instituições financeiras”, explicou.
Carbono
O vice-presidente do BCE classificou a precificação de emissão de carbono como uma das medidas mais eficientes para lutar contra as mudanças climáticas. Apesar de reconhecer que existem alguns custos, considera que ao colocar na balança, os benefícios falam mais alto.
“Todas as políticas econômicas têm prós e contras, mas, nesse caso, se você comparar os dois, esse é um caminho claramente benéfico”, afirmou De Guindos.
Para finalizar, o representante do BCE disse que do ponto de vista da instituição, é preciso incluir essa e todas as outras medidas para mitigar a mudança climática como parte das análises econômicas e modelos de projeção.
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