Neste domingo, Tsimanouskaya acionou os policiais no aeroporto e afirmou que estava sendo mandada embora contra sua própria vontade. Ela teria sido retirada de seu quarto na Vila Olímpica à força. “Estamos decidindo onde passarei a noite”, disse a atleta em uma mensagem no Telegram para a Fundação de Solidariedade Esportiva de Belarus. A velocista de 24 anos se preparava para a fase classificatória dos 200 metros, que será disputada nesta segunda-feira.
O episódio aconteceu após as críticas da atleta à sua federação nas redes sociais. No sábado, depois de ter sido incluída na prova do revezamento 4×400 metros, Tsimanouskaya fez uma publicação alegando que não havia sido consultada previamente.
O regime do presidente Alexandre Lukachenko mantém uma política de repressão aos adversários, jornalistas e militantes. A intenção do mandatário é encerrar o movimento de protesto contra sua reeleição para um quinto mandato.
Tsimanouskaya afirmou que foi forçada a suspender sua participação na Olimpíada de Tóquio-2020 pelo técnico da equipe, Yuri Moïseïevitch, antes de ser escoltada ao aeroporto por oficiais do Comitê Olímpico Nacional de Belarus para voltar ao seu país.
De acordo com o Comitê Olímpico de Belarus liderado por Viktor Lukachenko, filho do presidente, a atleta teve que suspender sua participação nos Jogos de Tóquio-2020 por “decisão dos médicos, devido ao seu estado mental e psicológico”.
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