Beltrão adota protocolo pioneiro de combate ao racismo nas escolas

Está em vigor em Francisco Beltrão uma nova política pública voltada à promoção da igualdade racial no ambiente escolar. O protocolo antirracismo nas escolas foi instituído por decreto do prefeito Antonio Pedron e estabelece medidas para prevenir, identificar e enfrentar casos de racismo e injúria racial na rede municipal de ensino.

A proposta foi apresentada nesta segunda-feira (25) em encontro entre representantes do Município e o presidente do Conselho Estadual de Promoção da Igualdade Racial, Aloisio Nascimento.

“O ambiente escolar é um espaço de aprendizado em todos os aspectos, especialmente no respeito às diferenças e à diversidade. Por isso, o decreto prevê ações permanentes com professores e alunos para prevenir e enfrentar situações de racismo”, destacou o prefeito.

Diretrizes do protocolo

O protocolo será aplicado em cinco eixos principais:

  • Prevenção permanente no currículo e em projetos pedagógicos;
  • Atendimento qualificado, com escuta e encaminhamento de denúncias;
  • Formação continuada de professores e gestores;
  • Apoio institucional da Secretaria Municipal de Educação e Cultura;
  • Monitoramento com relatórios semestrais das escolas.

A implementação segue diretrizes nacionais e estaduais e é condição para que o município acesse programas federais. O protocolo também prevê projetos de letramento racial, realização da Semana da Consciência Negra, incentivo à leitura de obras com protagonismo negro e indígena, além de oficinas, rodas de conversa e debates.

Participação e pioneirismo

O encontro contou ainda com a presença da vice-prefeita Lurdinha Bertani, das secretárias Rosa Vandresen (Educação) e Elenir Maciel (Mulher, Bem-Estar e Igualdade Racial), além do professor Gednilson Freitas e de Ketlyn Cavasini, do Conselho Municipal de Promoção da Igualdade Racial.

O presidente do Conselho Estadual, Aloisio Nascimento, elogiou a iniciativa e destacou o pioneirismo da cidade.

“Esse é o primeiro município do Paraná a adotar um protocolo tão completo, especialmente no tema do letramento antirracial. É um grande passo para levar a pauta da igualdade racial de forma estruturada às escolas”, afirmou.

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