Um comunicado divulgado pela Casa Branca, após a quarta conversa entre Biden e Netanyahu desde o início da crise atual, “o presidente expressou ao primeiro-ministro que espera uma significativa desescalada hoje para encaminhar um cessar-fogo”.
A comunidade internacional tem se mobilizado na tentativa de encontrar uma solução para o fim da violência entre israelenses e palestinos. O próprio Biden vem pressionando o premiê israelense a aceitar um cessar-fogo desde o começo da semana – embora publicamente a Casa Branca mantenha o apoio irrestrito a Israel – mas subiu o tom nesta quarta.
Desde o início do conflito, a Casa Branca demanda uma gestão diplomática “discreta”. Muitas vozes se levantam, no entanto, dentro do Partido Democrata (de Biden), por uma posição mais firme com Netanyahu.
Duas pessoas que presenciaram o telefonema entre Biden e Netanyahu, na segunda-feira, disseram ao New York Times que o presidente deixou claro que não poderia segurar muito tempo a pressão internacional contra os bombardeios israelenses.
Os ataques aéreos israelenses sobre a Faixa de Gaza se intensificaram nesta quarta-feira, 19. Israel diz que aguarda “o momento certo” para encerrar sua ofensiva contra o enclave palestino.
A Alemanha, outra potência ocidental que vem demonstrando apoio ao direito de defesa israelense, anunciou que vai enviar na quinta-feira 20, o ministro das Relações Exteriores, Heiko Maas, a Israel e Ramallah (Cisjordânia), para realizar várias reuniões com o objetivo de diminuir a escalada entre israelenses e palestinos. Maas deve se encontrar com o chanceler israelense, Gabi Ashkenazi, o ministro da Defesa, Benny Gantz, e o presidente Reuven Rivlin. Do lado palestino, ele se encontrará com o primeiro-ministro Mohamed Shtayyeh, segundo comunicado oficial.
Na terça-feira 18, os presidentes da França e do Egito, Emmanuel Macron e Abdel Fattah el-Sisi, encontraram-se em Paris, onde participaram de uma videoconferência com o rei da Jordânia, Abdullah II, para discutir o fim do conflito.
Segundo autoridades de saúde de Gaza e Israel, 219 pessoas morreram do lado palestino, enquanto 12 morreram em território israelense.
Greve
Palestinos em Israel e nos territórios ocupados entraram ontem em greve em um raro protesto coletivo. Apesar de o movimento ter sido pacífico em muitos lugares, com as lojas fechadas nas movimentadas ruas da Cidade Velha de Jerusalém, a violência explodiu na Cisjordânia.
Centenas de palestinos queimaram pneus em Ramallah e atiraram pedras contra um posto de controle militar israelense. As tropas dispararam gás lacrimogêneo. Três manifestantes foram mortos e mais de 140 ficaram feridos. O Exército israelense disse que dois de seus soldados foram feridos por tiros nas pernas. (Com agências internacionais)
Comentários estão fechados.