Entre as reclamações, se destacam a falta de exigência de vacinação para acessar os escritórios – que serviu até para inspirar memes que circularam entre empregados – e a falta de um plano para adotar um sistema híbrido, com trabalho presencial em alguns dias e remoto em outros, permitindo rodízio entre os funcionários.
Por escrito, o BNDES informou que o plano “prevê o retorno ao trabalho presencial, de forma gradual, a partir de 1º de setembro e de acordo com a imunização dos funcionários”. “O retorno gradativo se dará após o atendimento dos empregados pelo Plano Nacional de Imunização e sua proteção vacinal. Essa condição, em conjunto com as medidas adotadas e o Protocolo de Prevenção ao COVID-19 do BNDES, confere segurança ao empregado e não requer a implementação do trabalho híbrido”, diz a nota enviada pelo banco.
A nota confirma que, “para acessar as dependências do BNDES, não será exigido comprovante de vacinação”, mas ressalta que “a vacinação prevista no Programa Nacional de Imunização é obrigatória a todos os cidadãos”. Entre os relatos de empregados que acompanharam a apresentação online desta quinta-feira, é recorrente o receio de ficar exposto à covid-19, por causa de colegas que optem por não se vacinar.
O BNDES destacou ainda, entre as “medidas de segurança adotadas” no plano de volta aos escritórios, o “uso obrigatório de máscaras e a observação ao distanciamento social”. Além disso, “empregados imunossuprimidos e que coabitam com pessoas imunossuprimidas ou com gestantes poderão, a seu critério, permanecer em trabalho remoto”, ao passo que “as gestantes deverão permanecer em trabalho remoto”. Já os empregados “com comorbidades de risco para covid-19, lactantes e com mais de 60 anos” deverão retornar ao trabalho presencial somente após 3 de novembro.
“Em relação ao trabalho remoto, está em andamento estudo para avaliação de potencial adoção do trabalho híbrido e, nesse contexto, estão sendo avaliados os quesitos de produtividade. Por fim, cabe destacar que o BNDES manterá acompanhamento constante da evolução das condições sanitárias e de indicadores associados à pandemia, ajustando o seu Plano de Retorno conforme necessário”, diz a nota da instituição de fomento.
Mais cedo, antes mesmo da apresentação online aos empregados, a AFBNDES, associação de funcionários do banco, criticou tanto a decisão de voltar ao trabalho presencial quanto os procedimentos para o retorno. Segundo a entidade, protocolos para evitar o contágio de covid-19 exigiriam limitar o número de pessoas presente no edifício-sede do banco, no Centro do Rio, a 500 pessoas.
Para isso, seria preciso adotar um modelo híbrido entre trabalho presencial e remoto, com rodízio de empregados. Além disso, é essencial que não seja permitida “a entrada de não vacinados” no edifício-sede, continua a nota da AFBNDES.
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