O presidente do BNDES, Gustavo Montezano, apresentou o novo programa no pavilhão do Brasil durante a Conferência do Clima das Nações Unidas (COP-26). Montezano explicou que os recursos serão aplicados na recuperação de florestas em áreas de proteção permanente e áreas de reserva legal de pequenas propriedades.
Para viabilizar a iniciativa, o BNDES conversou com mais de 40 empresas. Em sua primeira fase, a Floresta Viva vai dispor de, pelo menos, R$ 140 milhões, sendo metade do BNDES. Já confirmaram participação Petrobras, Vale (Fundo Vale), Heineken, Itaipu Binacional, Coopercitrus, Philip Morris Brasil e Estado do Mato Grosso do Sul. Outras instituições estão em negociação para aderir ao projeto.
“Mesmo antes de fazer publicamente a chamada, vamos largar com sete parceiros. É uma variedade grande de empresas, públicas e privadas, abertas e fechadas, brasileiras e internacionais”, disse Montezano. “São recursos não reembolsáveis, mas o crédito de carbono gerado pode voltar para a empresa, para ser negociado e aposentado. As empresas podem ter até lucro.”
As iniciativas de reflorestamento de terras indígenas, quilombolas ou de comunidades tradicionais também serão contempladas pelo programa do banco. Esse almeja restaurar de 17 mil a 33 mil hectares de mata nativa em todo o País. Nos cálculos do banco, isso seria suficiente para remover algo como 9 milhões de toneladas de carbono equivalente da atmosfera em 25 anos.
O programa tem previsão de duração de sete anos, com possível extensão por mais dois. Os recursos serão aplicados na aquisição de sementes, mudas, insumos, equipamentos e cercas, além da implantação de viveiros de mudas e capacitação profissional. Segundo o banco, são passíveis de apoio as atividades para elaboração, aprovação, validação, verificação e emissão de créditos de carbono associadas aos projetos.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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