Em relação à inflação, Bailey disse que está sendo puxada pela alta no preço das commodities – dados os gargalos na oferta de suprimentos, por exemplo. Esses preços, por sua vez, não devem continuar subindo, prevê.
“Estou mais preocupado com a persistência de pressões sobre o mercado de trabalho”, afirmou Bailey.
Questionado, ele disse ser difícil distinguir qual a parcela do impacto sobre o mercado de trabalho cabe à pandemia e ao Brexit.
‘Forward guidance’ e política de juros
O presidente do Banco da Inglaterra afirmou também que atender aos critérios do “forward guidance” do BoE para política econômica é necessário para a elevação da taxa básica de juros, mas não o suficiente.
No testemunho diante do Comitê do Tesouro do Parlamento britânico, Bailey informou que, na reunião de agosto, os dirigentes do Comitê de Política Monetária do BoE tiveram opiniões divididas: quatro acreditavam que as condições estabelecidas pelo guidance para apertar a política monetária já haviam sido alcançadas e quatro, não. Bailey disse integrar o primeiro grupo.
O presidente do BoE informou ainda que, se o banco parasse o relaxamento quantitativo (QE, na sigla em inglês), estaria “claramente apertando a política monetária”. “Acreditamos que o impacto do QE se dá pelo anúncio da compra de ativos, não pelo fluxo de compras”.
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