Bolsa de valores fecha semana em queda

A Bolsa de Valores brasileira encerrou o pregão desta sexta-feira em queda, refletindo um cenário de baixa liquidez, realização de lucros e retração no setor de commodities. O índice Ibovespa caiu 1,32%, fechando em 118.532,68 pontos, marcando a quarta semana consecutiva de perdas com recuo acumulado de 1,44%.

O desempenho negativo das ações ligadas a commodities pesou no resultado do índice. As ações da Vale (VALE3) recuaram 1,86%, enquanto CSN (CSNA3) e Usiminas (USIM5) registraram perdas de 2,49% e 6,00%, respectivamente. A retração está associada à queda no preço do minério de ferro na China, que continua impactando o mercado global.

Petrobras (PETR3 e PETR4), após ganhos significativos na véspera, também apresentou realização de lucros, registrando queda de 0,34% e 1,06%, respectivamente.

Apesar do cenário adverso, algumas empresas tiveram desempenhos positivos. Eneva (ENEV3) e São Martinho (SMTO3) destacaram-se com altas de 5,44% e 5,17%, respectivamente, contribuindo para mitigar parcialmente as perdas do Ibovespa.

O rebaixamento da Bolsa brasileira pelo banco HSBC, devido às incertezas fiscais e às taxas de juros elevadas, influenciou negativamente o humor do mercado. Segundo analistas, o cenário fiscal doméstico continua sendo o principal ponto de atenção dos investidores, principalmente em um período de baixa liquidez e agenda esvaziada.

Rubens Cittadin, operador da Manchester Investimentos, ressaltou: “Com a agenda vazia e o recesso em Brasília, é esperado que a Bolsa continue oscilando entre os patamares de 118 mil a 120 mil pontos, com viés de baixa. A realização de lucros em Petrobras e a pressão sobre as ações da Vale intensificaram o movimento negativo.”

Desempenho dos Mercados Internacionais

Nos Estados Unidos, o pregão terminou em alta, impulsionado pelo setor de tecnologia. O Dow Jones subiu 0,80%, enquanto o Nasdaq 100 e o S&P 500 registraram ganhos de 1,77% e 1,25%, respectivamente. Contudo, no acumulado da semana, os índices norte-americanos apresentaram leve recuo: Dow Jones (-0,60%), Nasdaq 100 (-0,51%) e S&P 500 (-0,48%).

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Dólar Comercial e Juros Futuro

O dólar comercial encerrou o dia em alta de 0,31%, cotado a R$ 6,1820, em um pregão marcado por baixa liquidez e atenções voltadas para o cenário fiscal brasileiro e os próximos passos do Federal Reserve. Na semana, a moeda acumulou desvalorização de 0,13%.

As taxas de juros futuros também apresentaram queda. O DI para janeiro de 2026 encerrou em 15,065% (ante 15,145% no ajuste anterior), enquanto o DI para janeiro de 2027 caiu para 15,480% (ante 15,610%).

Com o recesso político em Brasília e a falta de catalisadores significativos, espera-se que o mercado continue volátil, com foco nas commodities e na política monetária global. O retorno de uma agenda mais robusta e definições sobre a política fiscal doméstica poderão influenciar significativamente o humor dos investidores.

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