Bolsonaro deu as declarações ao participar de culto alusivo ao 1º Encontro Fraternal de Líderes Evangélicos em Goiânia. O convite do presidente a outras autoridades ocorre enquanto gestores estaduais, municipais, parlamentares e ministros estão em alerta com as manifestações previstas. O episódio também acende a luz amarela para a Procuradoria-Geral da República (PGR), que, ao solicitar a abertura de um inquérito contra o cantor Sérgio Reis, o deputado federal Otoni de Paula, o caminhoneiro Zé Trovão e mais sete pessoas, classificou como um “levante” os “atos violentos de protesto” que o grupo quer convocar na Semana da Pátria.
Após críticas públicas, Bolsonaro chegou a encaminhar um pedido de afastamento do ministro do STF Alexandre de Moraes ao próprio Supremo. A petição, no entanto, foi rejeitada pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG). Segundo ele, Bolsonaro não apresentou elementos mínimos para justificar a medida.
“Teremos o nosso 7 de setembro, eu duvido aqui, um só prefeito, governador, deputado, não quer estar nos braços do povo, e não apenas em época de campanha eleitoral, queremos sempre estar ao lado do povo, esse povo que devemos lealdade, nos dá o norte para onde devemos seguir”, disse Bolsonaro, reafirmando a presença nos atos.
Ciro Nogueira
O presidente ainda voltou a falar que seu governo pode ser o primeiro da “história da nova República” a compor um ministério com critérios técnicos, e incluiu nesta conta a ida do senador Ciro Nogueira (PP-PI) à Casa Civil. Liderança do Centrão, Ciro chegou ao coração do governo num contexto de perda de popularidade de Bolsonaro, que age para barrar as dezenas de pedidos de impeachment que chegam à Câmara contra ele.
“Digo a vocês, talvez a primeira vez da história da nova República nós pudemos compor um ministério com pessoas ali escolhidas pelo critério técnico, o último que chegou nesse critério foi o senador Ciro, que nos ajuda e muito no mais importante ministério da República, que é o da Casa Civil”, afirmou.
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