“Num primeiro momento (a CPI) é para investigar omissões e ações do governo, nem tinha fato definido e acabou lá aquele ministro aquele ministro do Supremo (Tribunal Federal) determinando ao Senado que instaurasse, que abrisse, a CPI”, declarou.
A criação da CPI foi determinada pelo ministro Luís Roberto Barroso, do STF. Desde a determinação, com o apoio de Bolsonaro, governistas articularam a inclusão da investigação dos repasses da União a Estados e municípios. “Foi feito uma coleta de assinaturas para uma nova CPI, teve até mais assinaturas que a primeira, para investigar também os recursos mandados pelo governo federal para Estados e municípios”, citou.
A estratégia de mirar as ações de governadores e prefeitos foi amplamente defendida por Bolsonaro, que tem interesse em dividir o foco das investigações da CPI. Nesta quinta-feira, em mais uma derrota à ala governista, a comissão aprovou a convocação de ex-ministros da Saúde do governo Bolsonaro, entre eles o general Eduardo Pazuello, e do atual chefe da pasta, Marcelo Queiroga, que devem ser ouvidos na semana que vem.
Os ex-ministros da pasta Luiz Henrique Mandetta e Nelson Teich, além do presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Antonio Barra Torres, também foram convocados. O plano apresentado pelo relator da CPI, senador Renan Calheiros (MDB-AL), prevê apurar, entre outras ações do governo, a compra de vacinas, o incentivo ao uso de medicamentos sem eficácia comprovada, o colapso da saúde no Amazonas e o envio de verbas.
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