Também voltou a atacar os integrantes da comissão e os chamou de desqualificados. “Renan Calheiros, deita aí para receber minha resposta. Não vou responder para gente sem qualificação como você”, disparou.
O colegiado da CPI cobrou hoje respostas de Bolsonaro sobre acusações dos irmãos Miranda sobre irregularidades na compra da vacina indiana Covaxin.
O deputado federal Luis Miranda (DEM-DF), ex-aliado do governo, alega ter alertado Bolsonaro para irregularidades no contrato de aquisição dos imunizantes pela Saúde. O presidente, segundo o relato do parlamentar, teria ignorado o alerta e dito que as tratativas estavam sob responsabilidade do líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR).
Miranda soube do suposto superfaturamento por meio de seu irmão, Luis Ricardo Miranda, servidor de carreira da Pasta e responsável pela importação de vacinas. Os dois teriam apresentado um pedido de pagamento de R$ 300 milhões adiantado à Madison Biotech, empresa que não era citada no contrato firmado com a Precisa Medicamentos, responsável pela intermediação entre governo e a fabricante.
Apontado como pivô do esquema, Ricardo Barros responde a processo de improbidade administrativa por compra de medicamentos não entregues no valor de R$ 20 milhões no período em que era ministro da Saúde, no governo Temer. A empresa que não forneceu os produtos é a Global Gestão em Saúde, que tem em seu quadro societário o presidente da Precisa, Francisco Emerson Maximiano.
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