Na semana passada, Bolsonaro havia dito que conversa com o ex-ministro quase diariamente e manteve que ele tem a consciência “tranquilíssima”. “Essa CPI aí dos três patetas – três patetas não, né? Três otários. Os Três Patetas quando eu era moleque assistia muito eles e dava muita risada – tenta de toda maneira colar: Mas o Pazuello conversou com empresários! Se tivessem tratando de corrupção no encontro, não ia ter vídeo, pessoal”, argumentou o presidente reforçando os ataques ao presidente da comissão, Omar Aziz (PSD-AM), ao vice-presidente Randolfe Rodrigues (REDE-AP) e ao relator Renan Calheiros.
Segundo imagens obtidas pela CPI da Covid, Pazuello gravou um vídeo com empresários se comprometendo a comprar doses da Coronavac por preço três vezes maior que o praticado pelo Instituto Butantan. De acordo com Bolsonaro, apesar de o ex-ministro ter se comprometido a assinar memorando de entendimento, a negociação não prosperou porque os representantes comerciais se tratavam de estelionatários.
“Eu converso quase todos os dias com empresário. Se é crime, eu sou criminoso”, emendou o presidente sobre as acusações. Durante o encontro, Bolsonaro destacou dispositivos apresentados por Omar Aziz e irmão de Calheiros, o deputado federal Renildo Calheiros (PCdoB-PE) que facilitaria a contratação de vacinas, sem licitação ou aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
O chefe do Executivo, ao comentar sobre 2022, voltou a atacar seus opositores, como o PT, e declarou que não há “sede de poder” da sua parte com relação à presidência, afirmando inclusive que a cadeira presidencial teria “criptonita” – segundo as histórias em quadrinhos, mineral que enfraqueceria o Super-Homem. “Posso não saber o que de bom o PT vai fazer para vocês, mas tenho certeza e posso falar o que de mal esse pessoal vai fazer se voltar”, concluiu.
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