“Eu estou com um problema com um ministro aqui. Isso é normal. Pode acontecer. Ele está tendo um ativismo legislativo que não é concebível”, disse o presidente sobre os atritos com Barroso. No centro das discordâncias entre o presidente e o ministro está a questão do voto impresso para as eleições de 2022. “Acredito que, ao apresentarmos e lutarmos por mais uma maneira de tornar as eleições mais transparentes, a medida deveria ser digna de aplausos por parte dele”, reforçou.
Durante encontro com apoiadores em Porto Alegre (RS) neste fim de semana, Bolsonaro disse que Barroso é defensor da pedofilia e da liberação das drogas. Apesar das falas, hoje o presidente reforçou que não está atacando ninguém. Sob questionamentos a respeito das críticas a Barroso, Bolsonaro chegou a ameaçar encerrar a entrevista coletiva e no lugar pediu uma oração para seguir respondendo às perguntas de repórteres.
A mudança para o voto impresso, segundo defende o presidente, depende ainda de aval do Congresso, que precisa aprovar uma proposta de emenda à Constituição para garantir o novo modelo. Segundo Bolsonaro, ainda que o Legislativo não aprove, sua chapa à reeleição deverá insistir na recontagem pública dos votos. “Se você perde uma eleição, vai recorrer para quem?”, argumentou.
Bolsonaro também voltou a repetir que houve fraude nas eleições de 2022, mas, apesar de dizer ter provas, pediu um prazo maior para apresentá-las ao TSE. Na sexta, 9, Barroso havia rebatido as suspeitas e disse que agir para impedir a realização de eleições configura crime de responsabilidade.
Após o encontro entre os chefes do Executivo e do Judiciário, Bolsonaro destacou que cada um deve se policiar “dentro dos seus poderes” em relação aos limites estabelecidos pela Constituição. “Nós, do Poder Executivo, não pretendemos sair desses limites. Essa foi a linha de conversação”, afirmou Bolsonaro
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