“Nossa democracia e a nossa liberdade não tem preço. Os deveres são constitucionais, mas nós jogamos e sempre jogaremos dentro das quatro linhas da nossa Constituição. Essa é a certeza, essa é a tranquilidade que o nosso povo pode ter com o nosso Exército Brasileiro. Nós sempre estaremos dentro destas quatro linhas”, disse Bolsonaro.
O general falou sobre a “simbiose histórica entre a força terrestre e o povo brasileiro” ser fato preponderante para que a sociedade mantenha a confiança no Exército, disse Pujol. “Na fiel observância dos preceitos constitucionais, regidos pelo principio da ética, da probidade, da legalidade, da transparência e da imparcialidade, conectado no tempo e no espaço e aos genuínos anseios do povo brasileiro, o exercito sempre se fará presente”, afirmou o general.
Na véspera do 57º aniversário do Golpe Militar, Bolsonaro demitiu a cúpula das Forças Armadas no fim de março. Pujol (Exército), Ilques Barbosa Júnior (Marinha) e Antônio Carlos Bermudez (Aeronáutica) foram desligados por não concordarem com a politização das Forças Armadas desejada por ele.
Com a ajuda do ministro da Defesa, o general Braga Netto, Bolsonaro agiu rápido para nomear novos comandantes. Os novos nomes surpreenderam. Como apurou o jornal O Estado de S. Paulo na época, Bolsonaro recebeu recados para privilegiar o critério de antiguidade. Mas não nomeou os mais experientes de cada força.
No Exército, o Planalto chegou a indicar preferência pelo comandante militar do Nordeste, Marco Antônio Freire Gomes. O general Paulo Sérgio surpreendeu por ter pregado o distanciamento social e previsto uma terceira onda da covid-19, em entrevista ao jornal Correio Braziliense.
Embora não fosse do gosto de Bolsonaro, as declarações não tiveram o peso de impedir sua escolha. Segundo oficiais, ele tem empatia com a tropa, liderança e é flexível. Por isso, foi o primeiro da lista de Braga Netto.
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