Em seu discurso, durante entrega de títulos a assentados e ocupantes de terras da União em Marabá, Bolsonaro atacou a CPI da Covid e os governadores que adotaram medidas restritivas para reduzir a disseminação do vírus. “Recomendo àqueles que porventura tenham problema com a covid que procurem um remédio para o tratamento precoce”, disse, afirmando que ele próprio usou o medicamento.
“Eu lá atrás tomei hidroxicloroquina, assim como muitos tomaram também ivermectina. Isso não mata ninguém”, disse. Ele lembrou que a região tem malária e ninguém morreu com esse medicamento. Estudos científicos condenam o uso desses medicamentos como tratamento para a covid.
Bolsonaro elogiou o pastor evangélico Silas Malafaia, que também fazia parte da comitiva. “Homem de fé que, além de ter Deus no coração, o tem nas cores verde e amarela.” Nesta semana, Malafaia criticou o encontro entre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do PT, líder nas pesquisas de intenção de voto para a Presidência em 2022, com o bispo primaz da Assembleia de Deus de Madureira, Manoel Ferreira. Malafaia prometeu “artilharia pesada” contra o petista. Chamado a falar no evento, sem citar Lula, disse: “Corrupto, bandido que saqueou esse país não vai mais enganar o povo brasileiro”.
Mendonça
No mesmo evento, Bolsonaro pediu que Mendonça ficasse em pé. O AGU, que é paulista e não tem ligação com a pauta do evento. “Temos um ministro que é pastor evangélico, o prezado André Mendonça”, disse. Cotado para assumir a vaga de Marco Aurélio Mello – que anunciou ontem sua aposentadoria para 12 de julho -, Mendonça vem trabalhando pelo posto e tem se reunido com senadores para articular sua indicação, como mostrou o Estadão na semana passada.
Durante seu discurso, o presidente da Caixa, Pedro Guimarães, entregou ao presidente duas camisas com as cores do Brasil, uma delas presenteada pela localidade de Quatro Bocas, no Pará, e outra, por “outro grupo”, nas palavras de Guimarães, com os dizeres: “É melhor Jair se acostumando – Bolsonaro 2022”. Ele pegou as camisas, mostrou à plateia e entregou a um assessor.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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