O ministro Marco Aurélio Mello, decano do Supremo Tribunal Federal, irá se aposentar em 12 de julho, data em que completa 75 anos e é obrigado a deixar a Corte. O presidente já disse em outras ocasiões, a líderes evangélicos, que o ministro da Advocacia-Geral da União, André Mendonça, é o favorito para assumir essa vaga. A indicação do nome deve ser feita ao Senado a quem caberá referendar ou não a escolha do Executivo.
Mendonça esteve ao lado do presidente nesta sexta-feira, 18, em a agenda que Bolsonaro cumpriu no Pará. Durante cerimônia de inauguração de trecho pavimentado da BR Transamazônica, Bolsonaro fez elogios à equipe de ministros e destacou: “Ele é quietinho. É um pastor evangélico, o André Mendonça, ministro da Advocacia-Geral da União.”
A promessa de Bolsonaro de nomear um ministro “terrivelmente evangélico” para o Supremo foi feita pela primeira vez em julho de 2019, durante evento com a bancada temática no Congresso. “O Estado é laico, mas nós somos cristãos. Ou, para plagiar minha querida Damares (Alves, ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos): nós somos terrivelmente cristãos. E esse espírito deve estar presente em todos os Poderes. Por isso, meu compromisso: poderei indicar dois ministros para o Supremo Tribunal Federal; um deles será terrivelmente evangélico”, disse o presidente na ocasião.
Apesar da promessa, um ano depois, o presidente escolheu Kassio Nunes Marques para a vaga aberta com a aposentadoria do ministro Celso de Mello. Essa foi a primeira vaga aberta no STF em seu mandato. A indicação de Nunes Marques gerou descontentamento de aliados à época. Mas o presidente prometeu então entregar a segunda cadeira a um evangélico.
André Mendonça é de uma igreja nova, a Igreja Presbiteriana Esperança de Brasília, onde ele atual como pastor. A igreja é vista por alguns como “mais progressista” e evita temas políticos.
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