“Nas mãos das Forças Armadas, o poder moderador. Nas mãos das Forças Armadas, a certeza da garantia da nossa liberdade, da nossa democracia e o apoio total às decisões do presidente para o bem da sua Nação”, declarou em discurso.
Voltou a se referir a si como o primeiro presidente que respeita seus militares, acredita em Deus, defende a família e deve lealdade ao povo. Segundo ele, tais atributos são a base para o sucesso do País. “Como chefe da Nação, a tranquilidade que tenho com o trabalho de vocês (militares) me conforta nos momentos difíceis. Obrigado por existirem e pelo compromisso de dar a vida pela pátria, se preciso for, quer sejam ameaças externas ou internas”, disse.
A declaração ocorre dois dias após Bolsonaro promover desfile de veículos blindados do Exército em frente à Esplanada dos Ministérios na data para qual estava prevista a votação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) do voto impresso, pauta prioritária do governo. A passagem dos equipamentos bélicos em frente ao Congresso foi interpretada por parlamentares como tentativa de intimidar o Legislativo.
‘Uso de máscaras é opcional’
O locutor da cerimônia de promoção de oficiais-generais realizada no Palácio do Planalto com a presença do presidente Jair Bolsonaro anunciou por meio do sistema de som que o uso de máscaras era opcional. Logo em seguida, os militares começaram a cumprimentar, sem o item de segurança sanitária, as autoridades.
Bolsonaro, o ministro da Defesa, Braga Netto, e o chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Augusto Heleno, não utilizaram o acessório, ao contrário da primeira-dama Michele Bolsonaro, do vice Hamilton Mourão e sua mulher, Paula Mourão. Com o ato, o chefe do Executivo desrespeita a Lei nº 14.019/2020, sancionada por ele próprio, que torna obrigatório o uso de máscaras durante a pandemia do novo coronavírus.
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