Pazuello continuou nesta quinta-feira (21) o depoimento que começou nesta quarta-feira (20) à CPI e que teve que ser interrompido após ele passar mal.
Bolsonaro disse que a comissão parlamentar não quer investigar desvios de recursos. “Querem falar sobre aquele negócio que o pessoal usa para combater a malária; não vou falar o nome para não cair a live”, afirmou, ao evitar citar a cloroquina. Para o presidente, o Brasil é o país da hipocrisia a começar pela CPI. “Eu tinha vontade de voltar a ser deputado para eu falar o que quiser.” Ele disse também, sem citar o nome, que o relator da comissão, senador Renan Calheiros (MDB-AL), é um “vexame”.
O presidente chegou a citar o vídeo antigo em que governadores citam a cloroquina contra o coronavírus. “Vi o vídeo que o senador lá de Rondônia, Marcos Rogério, colocou onde vários governadores, entre eles o filho do Renan (Renan Filho) e o filho do Jader (Helder Barbalho), o comunistão, comunista gordo Flávio Dino, falou da cloroquina”, disse.
O presidente declarou que voltou a tomar cloroquina há poucos dias após ter se sentido mal e que chegou a fazer exames da covid-19, que, de acordo com ele, deram negativo. “Qual é o problema? Eu vou esperar sentir falta de ar para ir ao hospital? Vai ser entubado”, questionou ao defender novamente o uso do remédio sem eficácia comprovada contra o novo coronavírus. “Quem não apresenta alternativa é um canalha”, repetiu. Segundo o presidente, a esquerda não toma cloroquina porque o remédio “vai matar o verme que eles são”.
Ao lembrar o embate entre o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) e Renan Calheiros na semana passada, o presidente disse que o filho intitulou “muito bem” o parlamentar alagoano. Flávio havia chamado Renan de “vagabundo” e foi xingado da mesma forma pelo colega. “O coletivo daquilo que o Flávio acusou é conhecido como súcia, conjunto de pessoas desocupadas, que não têm o que fazer”, disse.
Sobre as vacinas, Bolsonaro disse que levaram a sério quando afirmou que o vacinado poderia virar jacaré e se queixou não existir mais “figura de linguagem”.
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