Com menos de 20% população ainda sem ter recebido a primeira dose da vacina no País, o distanciamento social é considerado por cientistas e especialistas em saúde como forma mais eficaz de se evitar a propagação do vírus. Já são mais 434 mil mortos pela doença no Brasil. Bolsonaro fez o comentário em resposta a um apoiador que citou o ato de sábado, 15, na Esplanada dos Ministérios, puxado por setores do agronegócio.
“O agro realmente não parou. Tem uns idiotas aí… O ‘fique em casa’… Tem alguns idiotas que até hoje ficam em casa. Se o campo tivesse ficado em casa, esse cara tinha morrido de fome, esse idiota tinha morrido de fome. Daí, ficam reclamando de tudo. Quem tem salário fixo ou aposentadoria gorda, pode ficar em casa a vida toda.”
As declarações de Bolsonaro contrárias a estratégias de controle do coronavírus, como isolamento social e mesmo à vacinação, têm sido motivo de críticas e questionamentos da CPI da Covid no Senado, aberta para investigar a possível omissão do governo federal no combate à doença no País.
O presidente coleciona declarações que minimizam a crise sanitária e em alguns casos são consideradas desrespeitosas com as famílias que perderam parentes devido à covid-19. Acusações contra a imprensa, que em sua visão faz “alarmismo”, também são frequentes em seus discursos.
Em manifestações recentes de apoio ao presidente, têm sido comuns críticas a medidas de isolamento social decretadas por governos locais, críticas ao Supremo Tribunal Federal e a defesa do voto impresso, outra bandeira do presidente e seus apoiadores.
De olho em 2022, Bolsonaro afirmou no sábado, 15, que somente Deus pode tirá-lo da Presidência e que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), apontado como seu possível principal adversário na disputa, só venceria em caso de fraude. “Já falei que sou ‘imorrível’, já falei que sou ‘imbrochável’ e também sou ‘incomível'”, disse nesta segunda aos apoiadores.
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