Bolsonaro será agraciado com o título de cidadão de Anguillara Veneta, onde moravam seus antepassados, a partir de projeto de lei de autoria da prefeita Alessandra Buoso, filiada ao partido de direita Liga. Para comparecer à agenda pessoal, deixará de ir à COP-26, onde se reúnem a partir desta segunda os mais importantes líderes do globo.
“Não é oculto que a concessão da cidadania honorária tem gerado muito constrangimento para nós”, afirmou, por meio de nota oficial, a Basílica de Pádua na última quarta-feira. O texto lembra as mais de 600 mil mortes causadas pela covid-19 no Brasil e diz que a gestão da pandemia está “sob holofotes”.
“A Igreja de Pádua, tornando-se porta-voz de um sentimento difundido e em virtude do vínculo que une o Brasil à nossa terra, aproveita a possível passagem para Anguillara Veneta do presidente Bolsonaro, para pedir-lhe de todo o coração que seja promotor de políticas que respeitem a justiça, a saúde, o meio ambiente, especialmente de apoio aos pobres”, acrescenta a Basílica, na nota.
Bolsonaro está na Itália desde a última sexta-feira. Antes da agenda em Anguillara Veneta, participou da cúpula do G20, o grupo das vinte maiores economias do mundo.
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