Um acordo com o México deve ser o primeiro, já estando finalizando, segundo Borrell. O acerto com o Chile também está quase no fim, mas a questão com o Mercosul tem “muito mais problemas”, segundo o representante.
Sobre a região, Borrell destacou o quadro da covid-19, lembrando que o Brasil é responsável por quase metade das 4.400 mortes que assolam a região “todos os dias”. “Em quase todos os lugares – especialmente na Europa e no Sudeste Asiático – a pandemia está diminuindo e na América Latina está disparando”, apontou o diplomata.
“A primeira coisa a fazer é apoiar a região no combate à doença, começando pela doação de vacinas”, afirmou. “As consequências sociais e econômicas são duras e podem levar a mais instabilidade. Precisamos aumentar nosso engajamento, porque certamente é verdade que a China está fornecendo muito mais vacinas do que qualquer outro país da região”, disse Borrell, que sugeriu o crescimento de outros atores durante a pandemia, com a “competição aumentando”.
Sobre o tema, indicou: “Penso que todos reconheceram a necessidade de os Estados Membros estarem mais presentes. Alguns deles se empenham em entregar mais vacinas para a região”.
Dentre as diversas questões tratadas na política externa europeia, Borrell informou que o bloco adotou quanto a Belarus “o maior pacote de sanções”, listando 86 indivíduos e entidades “e, em particular, visando aqueles que estão por trás do sequestro do avião com Roman Pratasevich a bordo”. O blogueiro bielorrusso foi tema central nas últimas semanas, após uma aeronave que fazia uma rota dentro do espaço aéreo europeu ter sido desviada para Belarus, ocasionando a prisão do opositor.
Sobre as negociações com o Irã por uma acordo nuclear, Borrell apenas indicou que o tema foi discutido junto aos outros ministros do Exterior, assim como o resultado da eleição no país persa, sem mais detalhes.
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