Brasil enfrentará segunda onda com vacinação em massa e privatizações, diz Guedes

O ministro da Economia, Paulo Guedes, repetiu nesta quarta-feira, 28, que o governo continua acreditando em transformação de recuperação cíclica baseada em consumo em uma retomada do crescimento sustentável com base em investimentos. O ministro enfatizou que o País vai enfrentar a segunda onda da pandemia com vacinação em massa e privatizações.

“Amanhã chegam as novas vacinas da Pfizer e depois de amanhã a privatização da Cedae. Isso foi possível graças ao novo marco do saneamento. O Brasil é a única economia do mundo que faz reformas estruturantes em meio à pandemia. Elogio o Congresso brasileiro que continua aprovando reformas econômicas. Estamos conversando sobre prosseguimento da reforma administrativa e da tributária”, completou o ministro.

Guedes admitiu que o Brasil está, talvez, no pior momento da pandemia, mas avaliou que o País segue com espírito de “resiliência, compreensão e fraternidade” entre os brasileiros.

“O setor privado está entrando agora em coordenação com o governo na vacinação em massa e na ampliação de leitos”, acrescentou o ministro.

Mais uma vez, Guedes argumentou que o governo segue vendendo empresas estatais, abatendo a dívida pública e reduzindo o déficit de despesas recorrentes. “Os gastos recorrentes continuam embaixo do teto de gastos. Temos um duplo compromisso com a saúde da população e com as gerações futuras. Cada geração precisa pagar pelas suas guerras”, repetiu.

BIP

O ministro ainda reforçou que a equipe econômica deve lançar novos programas em breve, como o Bônus de Inclusão Produtiva (BIP).

“Não é só o problema do mercado formal de trabalho. O BIP é para ajudar os invisíveis”, concluiu Guedes.

O BIP é o nome fantasia do governo para o chamado imposto de renda negativo, instrumento de transferência de renda para quem está trabalhando na informalidade e ganha menos do que um salário mínimo. O BIP seria destinado aos trabalhadores “invisíveis” e estaria associado à nova Carteira Verde Amarela, com menos encargos para a contratação.

O secretário especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia, Bruno Bianco, disse que BIP em estudo pelo governo é um complemento à decisão do Supremo Tribunal Federal sobre o benefício assistencial, que é da competência do Ministério da Cidadania. “Da nossa parte, seria uma proteção específica ao mercado informal de trabalho. Ainda estamos elaborando os pontos fiscal e orçamentários. Não é trivial. Vamos terminar os estudos e levar ao ministro Paulo Guedes e ao presidente da República antes de falarmos em detalhes”, respondeu.

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