Filipinho deu um show na final para chegar ao seu nono título de etapa no Circuito Mundial. A vitória veio com a melhor apresentação do dia: 17,40 pontos, contra 14,23 do sul-africano Jordy Smith. Com o resultado, o surfista de Ubatuba (SP) pulou para a terceira posição no ranking com 20.735 pontos, só ficando atrás de outros dois brasileiros: o líder Gabriel Medina e o vice Italo Ferreira.
Antes da final, Filipinho e Italo se enfrentaram nas quartas e definiram qual brasileiro iria seguir na briga pelo título em Margaret River. A desistência do havaiano John John Florence, por conta de uma lesão no joelho, fez o favoritismo dos dois aumentar ainda mais, assim como a chance do trio verde-amarelo com Medina dominar a ponta do ranking.
Filipinho foi cirúrgico, pegou apenas quatro ondas nos 35 minutos de bateria, conseguiu 13,90 no total e deixou Italo precisando de um 5,90 para virar. O atual campeão mundial teve a chance da virada na última onda do duelo, mas os juízes deram apenas 4,93. Italo terminou na quinta posição, resultado que o manteve na segunda posição no ranking com 24.150 pontos, com Medina ainda na liderança com 28.920.
Nas semifinais, Filipinho teve uma vitória tranquila sobre o sul-africano Matthew McGillivray por 15,16 a 13,74, enquanto que Jordy Smith passou pelo americano Griffin Colapinto com uma vantagem de apenas 17 centésimos (15,33 x 15,16).
Filipinho se emocionou com a vitória, principalmente porque nesta segunda-feira é o aniversário do seu filho mais novo, Koa, que completa 3 anos de idade longe do pai, mas junto com a irmã Mahina e a família do surfista na Califórnia, nos Estados Unidos. “Essa eu dedico para o meu pequeno Koa. É aniversário dele. Eu prometi para o Koa e para a Mahina que eu iria levar o troféu para casa. Essa é para vocês”, comemorou.
FEMININO – Entre as mulheres, Tatiana Weston-Webb, gaúcha criada no Havaí, derrotou na final a australiana Stephanie Gilmore, heptacampeã mundial, por 16,23 a 15 para chegar ao seu segundo título na carreira e pular para a vice-liderança do Circuito Mundial.
Com os 10 mil pontos, Tati chegou a 26.495 no ranking, ficando atrás apenas da havaiana Carissa Moore (29.970). No caminho até a final contra Gilmore, a brasileira enfrentou a também australiana Bronte Macaulay, que horas antes da bateria recebeu a notícia que seu irmão havia falecido.
“Queria mandar minhas condolências para a família da Bronte. Amo muito vocês e sinto muito pela perda de vocês. Quero também aproveitar para mandar um beijo para a minha mãe por ser o Dia das Mães. Foi demais essa vitória”, comemorou Tati.
O único título que a brasileira havia conquistado na elite até então tinha sido em 2016, no Aberto dos Estados Unidos, em Huntington Beach. Em 2019, Tati também chegou na final em Margaret River, mas acabou perdendo para a americana Lakey Peterson. A brasileira, que vinha de um vice-campeonato em Sydney, já soma nove finais na carreira na elite.
Os cinco melhores surfistas do ranking masculino e do feminino disputam em setembro a WSL Finals, em uma competição inédita no formato mata-mata, em Trestles, na Califórnia. A quinta etapa do Circuito Mundial começa no próximo sábado, em Rottnest Island, também na região oeste da Austrália.
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