Conforme ranking da Oica, organização que reúne representações automotivas de todo o mundo, o Brasil tem o sétimo maior mercado – era o quarto até 2014 – e a nona maior produção, mas está na 26ª entre os exportadores de veículos.
De acordo com o presidente da Anfavea, Luiz Carlos Moraes, essa diferença é uma “decepção” e comprova a dificuldade da indústria brasileira de se inserir em mercados internacionais, apesar de contar com as mesmas montadoras que estão presentes em países que exportam mais, como a Coreia do Sul, líder em competitividade entre economias em desenvolvimento, e México, terceiro maior exportador de veículos por se beneficiar do livre comércio com os Estados Unidos.
“Apesar de termos produto, fábrica, mão de obra qualificada e tecnologia, os obstáculos são enormes. Se você exportar acima de 15% ou 20% da produção, você já acumula um custo de carregamento absurdo em créditos tributários”, afirmou Moraes durante a apresentação à imprensa dos resultados do setor no mês passado.
“Isso tudo demonstra que o Brasil precisa se reinventar, mudar custo e se tornar um país competitivo”, acrescentou o porta-voz da indústria automotiva. Segundo ele, o aumento das exportações passa pela aprovação da reforma tributária ou mecanismos que atenuem custos dos embarques, como a restituição a exportadores de resíduos tributários acumulados na cadeia.
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