A maneira como a equipe se comportou na semifinal, sem dar qualquer chance para a Coreia do Sul, aumenta a confiança para a decisão diante dos Estados Unidos, neste domingo, à 1h30 (de Brasília), apesar do favoritismo adversário. Os dois países fizeram a final da última Liga das Nações, em junho, com vitória das americanas. Aquela decisão, mesmo com a derrota, foi um importante ponto de retomada da seleção às vésperas dos Jogos, após um ciclo olímpico marcado por muitas oscilações. Campeão em Pequim-2008 e Londres-2012, o Brasil busca em Tóquio o tricampeonato olímpico.
Vale destacar ainda que as partidas da seleção feminina de vôlei no Japão viraram uma atração à parte para a delegação brasileira. Se nas quartas de final a campeã olímpica na maratona aquática Ana Marcela Cunha marcou presença no ginásio, nesta sexta-feira foi a vez da ginasta Rebeca Andrade, que faturou um ouro e uma prata em Tóquio-2020, apoiar as compatriotas nas arquibancadas.
Mesmo diante da superioridade da seleção diante das sul-coreanas – na primeira fase também vencera por 3 a 0 -, havia expectativa de como o time iria encarar a semifinal após o doping de uma das suas principais jogadoras. Mais do ponto de vista psicológico do que técnico. Afinal, o treinador José Roberto Guimarães tinha em Rosamaria uma substituta à altura de Tandara, que inclusive já havia jogado melhor do que a companheira nas quartas de final diante do Comitê Olímpico Russo.
Mas, logo que começou o jogo, o Brasil não deu espaço para qualquer dúvida sobre as suas condições de avançar à final. Rosamaria, por exemplo, manteve o alto nível de atuação da última partida, cravando no chão praticamente todos os ataques. O mesmo valia para Fernanda Garay. A cada ponto, as jogadoras vibravam efusivamente.
Muito da intensidade que o Brasil colocou no jogo se devia à levantadora Macris. Recuperada de lesão, ela começou como titular e, com uma ótima variedade de jogadas, dificultava a marcação das sul-coreanas. Sem contar, é claro, as inesperadas “largadinhas”. Assim, não teve muita dificuldade para fechar o primeiro set em 25 a 16.
O placar se repetiu na segunda parcial porque o Brasil não diminuiu o ritmo e manteve a pressão em cima da Coreia do Sul. Com bastante agressividade, a seleção impedia qualquer tentativa de reação adversária. As brasileiras se destacavam em todos os fundamentos, praticamente sem cometer erros.
A performance do Brasil no bloqueio foi fundamental para a vitória no terceiro set, novamente por 25 a 16. Muito consistente, a seleção soube aproveitar as falhas defensivas das sul-coreanas, acumulou pontos em sequência e fechou o jogo com um massacre na última parcial.
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