Ketelyn não apenas se portou muito bem diante da campeã e de sua torcida, como ficou muito perto da vitória. A brasileira imobilizou Karakas por oito segundos no golden score e ficou próxima do waza-ari. No fim, porém, não resistiu à segunda chave de braço aplicada pela experiente húngara.
“Eu já tinha sentido meu braço estalar na primeira chave, ficou um pouco dormente. Ela percebeu e fez ataques mais efetivos no meu lado esquerdo. Na segunda chave não consegui resistir, bati”, lamentou Ketelyn. “Mas, tenho que manter a cabeça em pé. Não acabou a competição por aqui. Ainda temos a competição por equipes e pode ser que a Hungria venha com ela também na equipe”, seguiu, imaginando uma possível revanche no torneio por equipes mistas, dia 13.
Representante brasileira no peso leve, Ketelyn aguardará a atualização do ranqueamento direto e por cotas dos Jogos Olímpicos após o Mundial para saber se conseguirá a sonhada vaga em sua primeira olimpíada.
“Cheguei aqui muito focada e estava bem confiante, porque a sequência de treinamentos que a gente fez foi toda voltada para trazer um bom resultado aqui”, afirmou. “Não foi o que eu consegui, mas saio daqui achando que fiz tudo o que estava ao meu alcance no momento. Faltou pouco”, declarou. “Foram detalhes que acarretaram na minha derrota, mas foram mais pontos positivos do que negativos.”
Eduardo Katsuhiro, outro brasileiro nos tatames do Mundial nesta terça-feira, também não foi além da segunda luta. O peso leve foi derrotado pelo georgiano Lasha Shavdatuashvili, que conquistou o título.
“Pensando na classificação para a Olimpíada, agora ficou meio complicado. Não sei como vão ficar as pontuações ainda. O que posso fazer agora é contribuir para a equipe na competição por equipes”, disse, conformado. “Vou me empenhar para vencer todas as lutas e trazer essa medalha para o Brasil.”
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