Dentro deste grupo, segundo o instituto, existem térmicas a carvão mineral, óleo diesel, óleo combustível e gás natural.
“Os casos mais graves são os da Termorio, UTE Mauá 3 e Candiota 3, cujas receitas fixas anuais são de R$ 1,2 bilhão, R$ 1,06 bilhão, e R$ 734,5 milhões, respectivamente”, explica o Idec, que realizou o estudo em parceria com o Instituto Clima e Sociedade e o apoio da consultoria Volt Robotics.
Mesmo sem operar, as térmicas garantem uma remuneração fixa, cujo custo é repassado aos consumidores via tarifa de energia (conta de luz). Somente após três anos consecutivos indisponíveis é possível rescindir o contrato entre distribuidoras e usinas geradoras.
A indisponibilidade de algumas usinas térmicas do País também é uma preocupação da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), que fez um levantamento apontando que entre janeiro a março, de 2.500 a 4.500 megawatts de geração térmica ficaram fora do Sistema Interligado Nacional (SIN), seja por falta de combustível ou linhas de transmissão para escoar a energia, ou pela idade das unidades.
A EPE sugere que as penalidades para essa falta de disponibilidade de operação sejam elevadas, como forma de inibir a situação.
“Nós temos um parque térmico que aparentemente é suficiente, mas na prática tem uma parte que não tem condições de operar regularmente”, disse em recente entrevista ao Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado) o professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) Adilson de Oliveira, especialista em energia.
O resultado do estudo foi encaminhado à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
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