“É um ciclo mais curto, apenas três anos. Estou com muita vontade de continuar, estou com muito gás para pensar na França”, afirmou Mayra, de 30 anos, já sonhando em conquistar uma nova medalha pela quarta vez seguida. Ela ganhou em Londres-2012, Rio-2016, e agora, em Tóquio.
“Vivi um turbilhão de emoções, cirurgia, alergia, além de poder lutar no Japão. É a casa do nosso esporte, é o templo do judô, onde eu me sinto muito em casa, então conquistar esse bronze nesses Jogos foi muito emocionante”, enfatizou Mayra, mostrando admiração pelo país asiático.
Depois, a atleta gaúcha lembrou das outras conquistas da carreira olímpica. “Londres foi a primeira, teve um gosto especial. Claro, todas tiveram, mas ela teve um significado diferente, foi onde eu ganhei um sobrenome: Mayra Aguiar medalhista olímpica. No Rio, em casa, com toda a torcida, minha família, foi uma experiência inacreditável, um dos momentos mais alegres que vivi”, seguiu
Estreante vitorioso em Jogos Olímpicos, Cargnin não vê a hora de voltar à disputa daqui três anos. “Quero descansar um pouco agora, para planejar esse novo ciclo olímpico. Paris é logo ali”, observou o judoca de 23 anos, ressaltando a importância da mãe na conquista em Tóquio.
“Isso tudo vai muito além do que eu sonhei um dia. Antes de viajar, falei para a minha mãe: se eu ganhar uma medalha ela é nossa. Mas se eu perder, a derrota será nossa também. Ela sempre me incentivou, nunca me deixou desistir, essa medalha é muito dela também”, revelou o atleta, gaúcho como Mayra.
Cargnin tem uma tatuagem com a palavra “família” em japonês. E revelou ter sido surpreendido por outra tatuagem. “Minha mãe fez sem eu saber, com os anéis olímpicos. E me falou que deixou um espacinho em cima porque tinha certeza de que eu voltaria com uma medalha.”
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