Campeão mundial em 2015 e olímpico no Rio em 2016, ambos ao lado de Alison, Bruno Schmidt chegou à Olimpíada de Tóquio após superar uma grande batalha contra a covid-19. Ele ficou internado na UTI por cinco dias em fevereiro e teve parte do pulmão comprometido. A doença atrapalhou a preparação e eles não jogaram em etapas do circuito mundial na Rússia e na República Checa.
Mas ele mostrou estar plenamente recuperado da doença logo de cara. Sacou forte, apareceu para defender e ainda foi à rede para finalizar o primeiro ponto. Logo a seguir aplicou um ace e ainda defendeu e atacou para abrir 3 a 0.
Poderosos nos ataques e muito bem na combinação defesa e contra-ataque, os brasileiros foram logo abrindo 10 a 5. Os chilenos não conseguiam sacar bem e o Brasil mantinha boa vantagem. Com ace de Evandro, o Brasil foi ao descanso com 13 a 8 e muita vibração do dono do melhor saque do mundo.
Ali, Bruno tinha impressionantes seis pontos em sete ataques, com excelente aproveitamento. Sem público, o DJ agitava o jogo com diversidade musical e muitos hits verde-amarelo, como Legião Urbana e Zeca Pagodinho. Em novas bombas de saques de Evandro, 17 a 12 e passo grande para fechar o primeiro set. Fecharia o set em 21 a 15 com outros dois saques precisos.
Os chilenos equilibraram o segundo set, no qual os brasileiros abusaram das falhas. As duplas começaram a revezar pontos, até os chilenos chegarem a 11 a 9 com três pontos seguidos em ralis debaixo de forte calor. O sol forte era um inimigo a mais em quadra e os brasileiros começaram a errar. Num bloqueio sobre Evandro, 16 a 13 para os chilenos. O saque brasileiro já não entrava mais. Evandro mandou na rede e jogo empatado em 1 a 1 após 21/16.
Empolgados, os chilenos cresceram na partida. E chegaram a abrir 5 a 3 no set decisivo, que terminava em 15. Bruno e Evandro reagiram, mas num erro, os rivais voltaram a abrir, com 10 a 8. Nova e impressionante reação e 12 a 10 para desespero chileno. Os brasileiros se impuseram no fim e fecharam com 15 a 12 aproveitando o segundo game point.
Única das quatro duplas brasileiras a não ser cabeça de chave no vôlei de praia, Bruno Schmidt e Evandro estão na chave E, ao lado dos chilenos, dos poloneses Fijalek e Bryl e dos marroquinos Elgraoui e Abisha. Duas duplas avançam direto.
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