De acordo com o Butantan, poderão participar desta nova fase da pesquisa, na condição de voluntários, todos os maiores de 60 anos e uma parte de pessoas com menos idade e já vacinadas com a Coronavac. Os candidatos devem se dirigir a uma das oito escolas onde foi realizada a vacinação para que seja colhida uma amostra de sangue. Essa coleta será realizada também nos dias seguintes, até 1º de agosto, das 8h às 16h30.
Ainda segundo o instituto, a nova etapa compreende um estudo de coorte prospectivo, que é uma forma de investigar os aspectos relacionados à transmissão de manutenção da doença, e será acompanhado pelo comitê de ética em pesquisa em seres humanos do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, da Universidade de São Paulo (USP). Após as coletas em Serrana, os testes para avaliar a imunidade dos voluntários serão realizados no Laboratório Estratégico de Diagnóstico do Butantan. Os voluntários serão acompanhados durante um ano.
Efetividade
O projeto já forneceu evidências da efetividade da vacina. Foi observada queda de 80% nos casos sintomáticos da doença, 86% nas internações e 95% nas mortes, após 75% da população adulta ser imunizada. “O estudo agora tem como objetivo estimar e comparar a imunização de adultos e idosos de Serrana, analisar quanto tempo dura a imunidade e avaliar a resposta imune celular”, informou o Butantan.
Um dos pontos que a pesquisa levará em consideração é o processo de envelhecimento do sistema imunológico, que pode interferir na forma como o organismo combate o vírus à medida que o tempo passa.
O projeto vacinou com duas doses 27.160 pessoas maiores de 18 anos, entre o final de março e início de abril deste ano, em Serrana. Outros 5.817 moradores receberam as duas doses pelo Plano Estadual de Imunização. Segundo o Butantan, o estudo clínico da vacinação em massa contra a covid-19 também apontou que a imunização causou um efeito indireto de proteção mesmo para quem não recebeu nenhuma dose da vacina.
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