Câmara forma CP para investigar aquisição do terreno da pedreira

Conforme definido em dezembro passado, aguardando resultado do julgamento do prefeito Robson Cantu (PSD) no caso sobre suposta interferência nos trabalhos do Legislativo e coação do vereador Januário Koslinski (PSDB) – onde foi absolvido das acusações por seis votos a cinco, em sessão especial realizada no dia 17 de janeiro –, nessa quarta-feira (2), durante a primeira sessão ordinária de 2022, a Câmara Municipal de Pato Branco formou nova Comissão Processante (CP). Dessa vez para investigar a compra de um terreno onde deverá ser instalada a pedreira municipal, que vai abastecer a futura usina de asfalto de Pato Branco.

A denúncia de irregularidades no processo de aquisição do terreno foi feita pelo cidadão Marcos Edgar Hirt, em dezembro, e aceita pelos vereadores. Segundo o documento, o fundamento principal apresentado pelo denunciante é o pagamento do terreno da pedreira, “o qual possui penhora averbada em matrícula, que impede a sua transferência”.

Na oportunidade, Marcos destacou ser “impossível a desapropriação nestes casos (existência de penhora) e que o pagamento deveria ter ocorrido somente após a matrícula do imóvel estar em nome do município”.

O denunciante também disse que juntou documentos que “comprovam que já houve decisão judicial que reconhece fraude a execução em ação que envolve parte da propriedade, e que a ação movida por Acir Pegoraro (que vendeu o imóvel ao município) tem audiência só em março de 2022, não devendo ser resolvido o caso até lá”.

Em sua denúncia, Marcos cita ainda uma série de irregularidades cometidas pela administração municipal, dentre elas “85 inquéritos no Ministério Público, representações no Tribunal de Contas e os problemas envolvendo este imóvel, além de outras situações, e pede o afastamento do prefeito”.

Impedimentos

O denunciante, Marcos Edgar Hirt, protocolou dois ofícios na Câmara Municipal nessa terça-feira (1º), informando que solicitou ao Ministério Público o impedimento dos vereadores Joecir Bernardi (PSD), Lindomar Brandão (DEM), Marcos Marini (Podemos) e Rafael Celestrin (PSD) na composição da Comissão Processante (CP). As justificativas estão descritas nos documentos, disponível no site da Câmara.

No entanto, durante a sessão, o presidente do Legislativo, Claudemir Zanco (PL), explicou que não havia como realizar o impedimento porque no Regimento Interno da Casa não consta nada que justifique o veto. Só haveria impedimento se houvesse indicação do Ministério Público, mas como não houve o sorteio dos vereadores seguiu normalmente, com a participação de todos os parlamentares, com exceção do presidente da Casa.

Sorteio

O sorteio dos vereadores que formam a Comissão Processante (CP) para investigar a compra do terreno da pedreira foi realizado por uma servidora do Legislativo, na frente de todos os presentes, após os nomes serem colocados em um copo.

O primeiro a ser sorteado para integrar a CP foi o vereador Marcos Junior Marini (Podemos), que num primeiro momento afirmou que não queria fazer parte da Comissão porque não se achava em condições de participar, mas depois voltou atrás e concordou em ser membro da CP.

A segunda a ser sorteada foi a vereadora Maria Cristina de Oliveira Rodrigues Hamera (PV), e a terceira foi a vereadora Thania Maria Caminski Gehlen (DEM).

Os vereadores membros da Comissão devem se reunir nos próximos dias para definir quem será o presidente da CP e quem será o relator. Logo após o trabalho investigativo deve começar, seguindo os ritos estabelecidos pelo Decreto-Lei nº 201, de 1967.

Legendas

Foto 1)

Todos os vereadores participaram do sorteio que decidiu os membros da CP, com exceção do presidente da Casa

Foto 2 )

Os membros da CP: vereadores Thania Caminski Gehlen (DEM), Marcos Marini (Podemos) e Maria Cristina Hamera (PV)

(Crédito: Assessoria/CMPB)

você pode gostar também
Deixe uma resposta