Lira foi um dos últimos chefes de poder a comentar o assunto em uma postagem na internet neste sábado, 10, em que falou sobre a força das instituições, oportunismo e responsabilidade. Após a publicação, em entrevista à CNN Brasil, o deputado disse que a Câmara não tem compromisso com nenhum tipo de ruptura política.
“Eu cautelosamente esperei todo o dia de ontem (sexta) para não ser tachado como eu tachei diversas posicionamentos de oportunista, porque na realidade são. Nós temos de ter rigor nas nossas atuações, serenidade, trazer o debate para o centro. Esse debate está muito polarizado. Eu não defendo o ativismo de poder nenhum, nem do Legislativo nem do Judiciário muito menos do Executivo e dos ministérios agregados”, disse Lira à CNN.
Ele afirmou que a presidência da Câmara tem compromisso com a democracia. “Não tem compromisso com nenhum tipo de ruptura política institucional, democrática, com qualquer insurgência de boatos, qualquer manifestação desapropriada”.
Mais cedo, no Twitter, Lira escreveu que sobre oportunismo. “Nossas instituições são fortalezas que não se abalarão com declarações públicas e OPORTUNISMO. Enfrentamos o pior desafio da história com milhares de mortes, milhões de desempregados e muito trabalho a ser feito”. Segundo ele, oportunista é “todo aquele que usa da sua prerrogativa para ser aproveitado ou se aproveitar de um momento de crise para fazer valer a sua opinião”.
Lira falou sobre os militares. “Nenhum ministro, principalmente destes três ministérios (Exército Aeronáutica e Marinha) tem que estar exprimindo sentimentos políticos com relação essa ou aquele posicionamento”, disse. “Eu acho que nós deveremos ter várias matérias legislativas que deverão ser encaminhadas no plenário do Congresso Nacional que delimitem essas situações”.
O deputado voltou a rechaçar a possibilidade de abertura de um processo de impeachment contra Jair Bolsonaro. “Não temos condição de um impeachment para esse momento. O Brasil não deve se acostumar a desestabilizar a política em cada eleição. Não podemos fazer isso. Precisamos, talvez, alterar o sistema do Brasil para um parlamentarismo”, disse.
Lira disse também querer debater para, a partir de 2026, uma
homogeneização dos regimes políticos, como um regime de semipresidencialismo. “Nesse regime, se for o caso, é muito menos danoso que caía um primeiro-ministro do que um presidente. Quando um presidente cai, assume um vice que pode não estar alinhado com as propostas do eleito. Como alternativa, talvez isso seja mais simples”, afirmou.
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