Apesar de ter falado com Pazuello no dia 7, e também no dia 10, presencialmente, o ex-secretário disse que, de seu conhecimento, não houve resposta por parte do Ministério da Saúde a uma série de ofícios enviados pelo governo local sobre o problema de desabastecimento.
“No dia 9 de janeiro, quando percebemos que haveria atraso na chegada da primeira balsa prometida pela White Martins, enviamos ofício, e existia agenda do ministro Pazuello em Manaus a partir do dia 10. Então no dia 10 foi relatada a situação dessa preocupação do apoio logístico”, relatou. “Não tenho conhecimento se houve resposta, acredito que não. Não houve resposta, que eu saiba (aos ofícios enviados ao então ministro da Saúde). A programação da White Martins estava para dia 9, como não houve confirmação, enviamos ofício ao Ministério da Saúde via comitê de crise, nos dias 9, 11, 12 e 13 de janeiro”, afirmou o ex-secretário nesta terça-feira, 15.
À CPI da Covid, Pazuello alegou que só soube do problema de oxigênio no dia 10 de janeiro. Durante sua oitiva, no entanto, precisou ajustar seu discurso, após ser confrontado com um ofício, relevado pelo Estadão/Broadcast, na qual o ex-secretário-executivo do Ministério da Saúde Elcio Franco afirma que a pasta soube das dificuldades na noite do dia 7 de janeiro, em uma conversa com o ex-secretário.
“Sobre o contato pessoal no dia 10, foi relatada preocupação com White Martins, aí o ministro marcou reunião no dia seguinte com a White Martins para tratar desse assunto pessoalmente, dia 11. White Martins pediu apoio logístico e a partir daí ministro designou Coronel Moura para fazer as tratativas com a White Martins”, contou.
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