Sediando do 27° Campeonato Sul-Brasileiro de Kart, o Kartódromo Ayrton Senna, em Pato Branco (PR), está recebendo esta semana os principais pilotos e equipes do kartismo nacional. Com a participação de cento e quarenta pilotos em quinze categorias, a prova já é considerada o maior evento da modalidade já realizado na cidade. A competição, que reúne a elite do kart no país, conta com a presença de pilotos como o multicampeão brasileiro André Nicastro, na categoria pró-sênior, que também compete em provas na Europa. Essa edição do Sul-Brasileiro é organizada pelo Kart Clube de Pato Branco, sob a supervisão da Federação Paranaense de Automobilismo (FPRA) e da Confederação Brasileira de Automobilismo (CBA). A entrada é franca.
O evento teve os treinos oficiais iniciados nesta quinta-feira (21), com a tomada de tempo ocorrendo sem maiores problemas apesar da chuva na parte da manhã. Na sexta-feira, ocorrem duas baterias e no sábado a bateria final com a pontuação das três baterias definindo a classificação final.
De acordo com o presidente do Kart Clube Pato Branco e organizador do evento, Lucian Brandalise, o Sul-Brasileiro em Pato Branco conta com a participação, além dos pilotos do Sul, de competidores vindos de estados como Goiás, São Paulo e Rio de Janeiro, além de representantes internacionais do Uruguai e do Paraguai. Para ele, esse amplo número de participantes reflete a abrangência e o prestígio do evento no cenário nacional e internacional. Brandalise ressalta também a importância de trazer o Sul-Brasileiro para Pato Branco, considerando outros circuitos de destaque no estado. “O Paraná hoje, acredito que tenha cinco, ou mais kartódromos que poderiam sim realizar esse evento. Portanto, essa prova em Pato Branco mostra que nossa estrutura hoje atende não só todos os requisitos da federação para a realização, mas também oferece todo o espaço e estrutura adequada para receber esses pilotos”, afirma.
Custos
O presidente do kart clube esclarece que o esporte de alto nível impõe custos às equipes, que variam entre R$ 6 mil e R$ 20 mil reais, por etapa, dependendo da categoria, sem o custo do kart e da estrutura fixa da equipe. Esses custos incluem além das despesas do piloto, os gastos com mecânicos, alimentação, pneus e motores. Para a realização do evento, o kart clube responsável precisa garantir uma estrutura mínima necessária para a segurança e o conforto de todos os participantes, além de lidar com os custos inerentes à organização da competição. O evento em si também demanda um investimento considerável, estimado, por Brandalise, em cerca de R$ 150 mil, incluindo todos os aspectos da organização, desde a estrutura de segurança até a transmissão ao vivo e a cronometragem em tempo real.
Brandalise acredita que o reflexo econômico de um evento como este para a cidade é outro ponto que merece destaque. Ele reforça que a presença dos pilotos desde terça-feira, quando começaram os treinos livres sem tomada de tempo, até sábado não apenas contribui para o movimento econômico da cidade, mas também demonstra a singularidade desse tipo de evento esportivo. Ao longo desses dias, os competidores gastam em combustível, alimentação e hospedagem na região, impulsionando o setor hoteleiro e a rede de serviços locais. “Poucos esportes oferecem uma oportunidade tão prolongada para que competidores e público interajam e desfrutem do ambiente. Considerando o grande número de participantes e espectadores, é possível estimar que o impacto econômico total do evento ultrapasse a marca de 1 milhão de reais, representando um significativo gerador de recursos para a cidade nesta semana”, conclui.
O Sul-Brasileiro é a terceira competição mais importante do calendário anual do kartismo no Brasil, na tríplice coroa que inclui também o Campeonato Brasileiro e a Copa do Brasil.
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