“É muito difícil prever como as eleições acontecerão e o BC não tenta fazer isso. Há uma ideia geral de que a eleição será muito polarizada e de quem quiser ganhar eleição terá que se mover para o centro. Nas últimas eleições, quando havia um candidato de centro, era mais amigável para o mercado”, avaliou.
Mais uma vez, ele classificou como “ruído” a associação feita pelo mercado entre o processo eleitoral e o desejo do governo em criar um melhor programa social. “Eu acho que precisamos virar essa página para vermos como esse programa ira funcionar e como será financiado. Uma vez que passarmos por isso, muito desse ruído irá desaparecer”, afirmou, em palestra virtual na 15th Annual LatAm Equities Conference, promovida pelo Credit Suisse.
O presidente do BC disse que o Congresso tem votado importantes temas e considerou que ainda há uma janela para o País avançar com as reformas.
Campos Neto destacou ainda que a crise hídrica e seus impactos nos preços da eletricidade têm levado a revisões de projeções pelo mercado. “É mais fácil precificar o impacto dos preços de energia na inflação do que precificar o impacto no crescimento da economia”, afirmou. “O desafio real é quando vários fatores começam a vir um atrás do outro e você ainda nem terminou de analisar os fatores que você já tinha”, acrescentou.
Ele reafirmou que o Banco Central mantém o compromisso de perseguir a meta de inflação no horizonte relevante. “Temos independência formal e usaremos para que único compromisso seja alcançar a meta”, completou.
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