No evento, promovido pela Secretaria-Geral Ibero-Americana e pelo Banco de España, Campos Neto destacou as inovações do BC com o PIX, plataforma de transações instantâneas, e a liberação recente de pagamentos pelo WhatsApp. “A convergência entre mídia social e sistema financeiro é a maior inovação no momento”, salientou.
Campos Neto disse que esperava que o movimento de inovação demoraria cinco anos, mas ele se acelerou muito, sendo que a pandemia tem sido, segundo ele, um “acelerador de tendências”.
Além de repetir que a sociedade demanda que a saída da crise sanitária seja inclusiva e sustentável, ele classificou a tecnologia como um instrumento de democratização financeira, ao levar serviços bancários a zonas remotas. Também pontuou que o futuro da indústria financeira está em produção e interpretação de dados, após a ruptura do modelo tradicional de bancos baseado em capilaridade de agências e plataformas fechadas. “Os bancos centrais precisam ter atenção redobrada com a integração de mídias sociais e bancos”, avaliou.
“Após energia e alimentos, a terceira onda de sustentabilidade virá nos fluxos financeiros”, acrescentou o presidente do BC. Campos Neto também aproveitou o evento para reafirmar que o Banco Central está avançando no projeto de moeda digital, prometendo “notícias em breve”.
“É importante que os bancos centrais tenham interação maior sobre moeda digital e que moedas digitais de diversos países tenham características comuns”, assinalou Campos Neto.
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