Kast, que é do Partido Republicano de extrema direita e obteve 27,9% dos votos no mês passado, enfrentará nas urnas, no dia 19, o deputado esquerdista Gabriel Boric, que obteve 25,8% dos votos.
“Embora nosso projeto seja diferente, é necessário adotar uma posição por causa do que está em jogo no Chile. De minha parte, afirmei desde o início que considero prioritário derrotar a ameaça do populismo de esquerda e comprometo meu voto em favor disso”, disse Sichel.
Com 12,69% dos votos, ele ficou em quarto lugar entre os sete candidatos no primeiro turno, no qual concorreu pela coalizão do atual presidente, Sebastián Piñera.
Negociações
O ex-candidato fez o anúncio após uma conversa com Kast na qual eles discutiram nove pontos programáticos que Sichel pediu que sejam incluídos no programa do ultradireitista. Kast e sua equipe “transmitiram sua absoluta vontade de incluir e reforçar em seu programa os compromissos dos pontos enviados”, ressaltou Sichel.
“Há um grande centro, centro-direita e eleitorado independente que está longe do projeto do Partido Comunista e não vê a candidatura da ala representada por Boric como uma alternativa viável, mas ao mesmo tempo exige certeza em questões fundamentais como gênero, meio ambiente, economia e direitos humanos”, afirmou Sichel.
Enquanto parte da equipe de Kast havia criticado Sichel por estabelecer condições para o apoio, o próprio candidato enfatizou que a maioria dos pontos já estava incluída em seu programa e não acreditava que isso seria um obstáculo. Entre esses novos pontos estão questões como o respeito irrestrito aos direitos humanos, o compromisso total com as minorias e diversidades.
Esta é a primeira vez desde o retorno à democracia, em 1990, que os partidos tradicionais de centro-esquerda e centro-direita foram deixados de fora da corrida, que será disputada por dois modelos muito distintos.
O principal partido da aliança governista, a ultraconservadora União Democrata Independente – onde Kast militou por 20 anos -, apresentou imediatamente seu apoio. Ele foi seguido pelo Evopoli e pelo Renovação Nacional. Boric, por sua vez, conquistou apoio de várias legendas de esquerda, entre elas o Partido Socialista e o Partido Pela Democracia. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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