Entre os novos filiados estão os prefeitos de cidades como Avaré e Franco da Rocha. As fichas foram assinadas em um ato político na sede da agremiação, na capital, que contou com a presença do governador e seu vice, Rodrigo Garcia – nome de Doria para a disputa pelo Palácio dos Bandeirantes no ano que vem.
A maioria dos novos tucanos veio do PTB (15) e PSB (10), dois partidos que fazem oposição a Doria. Pela projeção da cúpula tucana, nas próximas semanas 50 novos prefeitos devem entrar no PSDB em um novo ato político, que ainda não tem data marcada. O PSDB conta atualmente com 231 prefeitos e 137 vices em São Paulo. O Estado possui um total de 645 municípios.
Pela resolução aprovada na executiva nacional do PSDB, as prévias não serão por votação direta universal, mas com um colégio composto por quatro grupos de votantes – (1) filiados; (2) prefeitos e vice-prefeitos; (3) vereadores, deputados estaduais e distritais; (4) governadores, vice-governadores, ex-presidentes e o atual presidente da Comissão Executiva Nacional, deputados federais e senadores. Cada um desses grupos tem peso de 25% no total dos votos.
“Os prefeitos querem estar no partido do próximo presidente do Brasil. O crescimento de Doria e Rodrigo tem gerado isso”, disse ao Estado o presidente do PSDB-SP, Marco Vinholi, que também é secretário de Desenvolvimento Regional.
A ofensiva ocorre no momento em que Garcia vai formalizar sua inscrição nas prévias estaduais do PSDB como pré-candidato ao governo paulista. A formalização será na semana que vem. O vice deixou o DEM com a intenção de se lançar como o sucessor “natural” de Doria. Para disputar à Presidência, o governador precisa deixar o cargo até abril. Se esse cenário se confirmar, Garcia assumirá a chefia do Executivo e tentará a reeleição.
O comando paulista do PSDB marcou para segunda-feira uma reunião para debater as prévias em São Paulo e abrir o processo de inscrição. A ideia, segundo Vinholi, é que a votação no Estado seja casada com a nacional, no dia 21 de novembro. Dessa forma, Doria e Garcia poderão fazer campanha no interior e participar de eventos regionais com prefeitos e parlamentares. O governador testou positivo para a covid-19 pela segunda vez e cumpre o período de isolamento.
Um dos objetivos dessa estratégia é esvaziar as movimentações do ex-governador Geraldo Alckmin, que pleiteia a vaga de candidato ao governo. O entorno de Doria chegou a oferecer a Alckmin uma vaga de candidato a deputado federal para puxar votos na legenda, ou, em último caso, de senador. O ex-governador, porém, tem dito a interlocutores que pretende ser candidato por outras siglas, sendo PSD a mais provável. Sem cargo público, Alckmin está isolado no PSDB.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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