A entidade que comanda o futebol paranaense disse que o laboratório responsável confirmou que os atletas não realizaram os testes nas datas previstas. O próximo passo agora, segundo a FPF, é denunciar os jogadores ao Tribunal de Justiça Desportiva (TJD-PR). De acordo com o texto, o desdobramento visa “consequente apuração, oportunização do contraditório e ampla defesa e, se for o caso, aplicação das penalidades cabíveis”.
Em função da pandemia do novo coronavírus e do seu alto grau de letalidade, a FPF aplica como conduta que qualquer pessoa com doença comprovada em atividade ou com a temperatura acima dos 37,5°C está impossibilitado de exercer a sua função. Entre as medidas protocolares do futebol, o clube tem ainda de testar toda a delegação (incluindo comissão técnica, atletas, equipe de apoio, staff operacional e dirigentes que estejam com o grupo) a cada jogo. A data de validade dos exames é de até três dias anteriores à data do confronto.
Mas o problema de falsificação de exames pode ser ainda maior. Ao todo, 14 laudos irregulares foram apresentados à FPF. Quatro membros da comissão técnica e seis integrantes da diretoria também foram retirados do estádio antes de a partida ter início. A dona do laboratório Exame, responsável pelos testes do Cascavel, Rosangela Aparecida Silveira, acredita que testes podem ter sido falsificados em outras partidas no Estado.
O jogo em questão foi válido pela quarta rodada e teve vitória do Athletico-PR por 3 a 1, de virada. Ramon fez o gol do Cascavel enquanto que Aguilar, Jadson e Reinaldo garantiram os três pontos para o time de Curitiba. O Cascavel poderá ser punido e excluído do campeonato. Os atletas retirados, se tiverem seus testes confirmados para a doença, poderão também receber gancho pesado. Como o caso é inédito, membros da FPF e do Tribunal Desportivo terão de se reunir para tomar as providências.
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