Os jogadores, ao lado do técnico Tite, não admitirão a imposição da CBF em disputar uma competição de um mês num país com quase 500 mil mortes e ainda sem garantias de segurança contra a covid-19. Vão se manifestar contrário à escolha, mostrando que a maneira como a competição acabou mudando de sedes sem consentimento dos atletas não foi de maneira correta. Colômbia, primeira, depois Argentina, abriram mão da competição por causa da pandemia de covid-19.
“Todos sabem a nossa opinião. Não podemos falar do assunto, mas não vamos deixar de falar”, afirmou o volante. “Mais claro, impossível. Existe respeito à hierarquia e ainda não podemos dar nossa opinião.”
Tite revelou encontro do elenco com o presidente da CBF, na quinta-feira, no qual acabou manifestado o descontentamento do time em disputar a Copa América no Brasil. Casemiro confirmou as palavras do técnico. “Queremos falar depois do jogo com o Paraguai para não tirar o foco. Hoje, é falar que ganhamos um jogo de Copa do Mundo”, pediu. “Nós iremos falar. O Tite já explicou o que rolou, nos posicionamos.”
Por fim, Casemiro enfatizou que não há divisão entre os jogadores sobre a escolha. Todos estão unidos pela mesmo causa. “Falaremos no momento oportuno. Não sou eu ou só os jogadores da Europa. Falo pelo grupo, todos estão com a mesma posição e a comissão técnica junto. Estamos todos juntos.”
Durante o jogo, o grupo fez questão de mostrar essa revolta e como se fechou no assunto. A comemoração dos dois gols diante do Equador foi no banco, com equipe inteira festejando com Tite. No fim, todos ainda deixaram o gramado lado a lado.
SEGUNDO TREINADOR – Em recuperação de lesão muscular, o zagueiro Thiago Silva acompanhou a delegação em Porto Alegre e, das tribunas do estádio, passou o jogo todo “cantando” a partida. Orientava os defensores na marcação e também pressionou a arbitragem no lance do pênalti. O defensor é o mais experientes do grupo e não foi cortado justamente pela liderança que impõe.
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