Conforme o laudo, divulgado na tarde desta terça-feira, 29, a mulher foi morta com um disparo de arma de fogo na cabeça. O delegado-chefe da 24ª Delegacia de Polícia do Setor O/Ceilândia, Raphael Seixas, disse que o laudo mostra indícios de violência sexual, mas a confirmação do estupro depende da análise dos vestígios biológicos colhidos no corpo. O exame deve apontar também se o padrão genético desse material é compatível com o DNA de Lázaro. O resultado deve sair ainda esta semana.
No dia 9 de junho, três dias antes de ser encontrado o corpo da mulher, o “serial killer” matou a tiros e facadas o marido de Cleonice, Claudio Vidal, de 48 anos, e os filhos dela, Gustavo, de 21 anos, e Carlos Eduardo, de 15. Segundo o delegado, a autoria desses crimes já ficou comprovada, pois foram encontradas impressões digitais de Lázaro na porta de vidro da casa das vítimas.
A motivação para os crimes ainda é desconhecida, mas o delegado não exclui a possibilidade de a família ter sido morta por mais de uma pessoa, por interesses imobiliários. Os familiares já haviam sido assaltados no dia 17 de maio. Segundo o policial, é preciso esclarecer a origem da quantia de R$ 4,4 mil encontrada com o criminoso. Há suspeita de que ele fosse uma espécie de jagunço, pago para intimidar ou assassinar proprietários ou posseiros de terras em Cocalzinho. A região tem histórico de conflitos fundiários.
O fazendeiro suspeito de ajudar o “serial-killer” a fugir da polícia, Elmi Caetano Evangelista, de 73 anos, foi formalmente indiciado nesta quarta-feira, 30, pela suposta cumplicidade com o criminoso e, também, por porte ilegal de arma. Em depoimento, Elmi negou envolvimento com Lázaro. O inquérito está em segredo de Justiça. No início da noite desta quarta, o corpo do criminoso continuava no Instituto Médico-Legal (IML) de Goiânia, sem ter sido retirado pela família para o sepultamento.
Comentários estão fechados.