Caso suspeito de varíola dos macacos em Pato Branco é descartado

Marcilei Rossi e Agência Brasil

Nessa segunda-feira (1º), o sistema de Saúde de Pato Branco esteve de alerta nas primeiras horas da manhã, devido suspeita de Monkeypox (varíola dos macacos). Ainda no decorrer a manhã, o que era suspeita foi descartado após análise conjunta com a referência técnica da Secretaria Estadual de Saúde (Sesa).

Conforme a última atualização dos dados da Sesa, na quinta-feira (28), o Paraná possui 21 casos diagnósticos positivos para a doença, todos registrados na Capital. São 20 homens e uma mulher com idades entre 22 e 40 anos. Ainda outros 26 casos em investigação nos municípios de Carlópolis (1), Cascavel (1), Colombo (1), Curitiba (19), Jaguapitã (1), Loanda (1), Maringá (1) e Nova Esperança (1).

Desde o início do surto, o Paraná já descartou 24 casos nas cidades de Campina Grande do Sul (1), Cascavel (1), Curitiba (9), Londrina (1) Foz do Iguaçu (1), Maringá (3), Pinhais (1), Ponta Grossa (1), São José dos Pinhais (1), residente de São Paulo (1), Toledo (2), Cambé (1) e Guapirama (1).

Cuidados

Devido ao crescente surgimento de novos casos em vários países, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou a situação decorrente da disseminação do vírus causador da varíola dos macacos como uma emergência de saúde pública de interesse internacional.

Ainda assim, a moléstia é classificada como uma doença viral rara, podendo ser transmitida por abraços, beijos, massagens, relações sexuais, secreções respiratórias e através do contato com objetos e superfícies com que uma pessoa doente teve contato. A região anogenital tende a ser uma das mais atingidas pelas feridas provocadas pela doença. 

De acordo com as sociedades Brasileira de Urologia (SBU) e Brasileira de Infectologia (SBI), as pessoas podem se proteger e ajudar a conter a disseminação do vírus que causa a varíola dos macacos, o hMPXV (Human Monkeypox Virus, na sigla em inglês), com medidas como a frequente limpeza das mãos com álcool 70% ou com água e sabão.

Além de evitar contato físico com pessoas que possam estar infectadas, deve-se evitar compartilhar objetos de uso pessoal, roupas de cama e toalhas até a exclusão do diagnóstico ou o completo desaparecimento das lesões. Quem teve contato com pessoas infectadas, devem estar atentos ao eventual surgimento de sintomas associados à doença.

Por fim, as entidades destacam que a epidemia atual não se correlaciona com a transmissão de animais para humanos. Assim sendo, não se justifica nenhum tipo de atitude e, muito menos, crueldade em relação aos animais, incluindo os macacos.

A Sesa-PR destaca ainda que a população deve ficar atenta a feridas na pele, incluindo região genital e boca, febre e linfonodomegalia junto do histórico de contato próximo prolongado, íntimo ou sexual com pessoas suspeitas ou de fora do convívio/ ocasionais.

A Secretaria ainda orienta que os cuidados devem ser focados nos doentes com o seu isolamento até que as lesões desapareçam e o monitoramento da saúde dos contatos desses pacientes.

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