“Variante Delta realmente está se instalando no Rio. Recebemos a confirmação de mais 15 resultados positivos do laboratório da UFRJ e um do (laboratório particular) DASA. Com mais sete que tínhamos da Fiocruz, ao todo 23 casos confirmados”, escreveu o secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz, em uma publicação no Twitter.
Na semana passado, Soranz já havia admitido a ocorrência de transmissão local da Delta na cidade. Identificada originalmente na Índia, essa cepa foi classificada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como uma variante de preocupação. Estimativas indicam, além disso, que a variante é cerca de 50% mais transmissível do que a Alfa, descoberta pela primeira vez no Reino Unido.
Em todo o Estado do Rio, a nova variante já foi confirmada em 12 cidades. Além da capital fluminense, a cepa foi identificada em Duque de Caxias, Itaboraí, Itaguaí, Japeri, Maricá, Mesquita, Niterói, Nova Iguaçu, Queimados, Seropédica e São João de Meriti.
O nono caso do Paraná, de acordo com a Secretaria Estadual da Saúde, é um homem de 46 anos, que mora em São José dos Pinhais, na Grande Curitiba. No Paraná, também foram identificados casos da Delta em mais quatro cidades. Dois desses pacientes morreram: uma grávida de 42 anos e um homem de 58 anos.
Também já foram confirmados casos da infecção pela Delta em São Paulo, Minas, Pernambuco, Maranhão e Goiás. O último boletim do Ministério da Saúde sobre o avanço da cepa, porém, está defasado e ainda registra 27 casos no País – apenas cinco no Estado do Rio.
Estratégia vacinal
Por causa da variante Delta, governos têm liberado a diminuição do intervalo entre as aplicações das vacinas contra covid-19 das fabricantes AstraZeneca ou Pfizer, com fizeram o Estado do Rio e o Distrito Federal. A justificativa é ter parcela maior da população com o esquema vacinal completo, sobretudo entre os grupos mais vulneráveis.
Espírito Santo, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Pernambuco e Santa Catarina também optaram por diminuir a janela entre as aplicações. As reduções têm sido de 12 semanas para dez ou oito semanas. O governo paulista, por outro lado, optou por não adotar essa estratégia por enquanto.
A redução do tempo entre as injeções divide especialistas. A Fiocruz, responsável por produzir o imunizante Oxford/AstraZeneca no Brasil, se manifestou contrário a encurtar o intervalo. No exterior, o avanço da Delta tem motivado o debate sobre o uso de uma dose de reforço. A Pfizer chegou a pedir às autoridades americanas aval para oferecer uma nova injeção, o que ainda não ocorreu. Israel aprovou uma terceira aplicação.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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