Bolsonaro chegou ao Palácio Laranjeiras, residência oficial do governo estadual, por volta das 16h35. Alguns vizinhos chegaram a bater panelas quando o comboio subiu a rua.
Os dois tiveram uma reunião fechada à imprensa e não deram declarações na saída. Durante a pandemia, o ex-interino vem se equilibrando entre a lealdade ao presidente e a adoção de algumas medidas restritivas para o combate à pandemia. Em alguns momentos, contudo, foi criticado, como na vez em que deu uma festa de aniversário com aglomeração na região serrana do Rio.
Mais cedo, no Palácio do Planalto, Bolsonaro disse que avalia editar um decreto para garantir a “liberdade de culto, de poder trabalhar e o direito de ir e vir”. De acordo com o presidente, a medida “não poderá ser contestada por nenhum tribunal”. O País registrou mais de 3 mil mortes entre a segunda e a terça-feira desta semana.
“Não podemos continuar com essa política de feche tudo, fique em casa”, disse o presidente da República. “Nas ruas já se começa a pedir por parte do governo que se baixe um decreto. E se eu baixar um decreto, vai ser cumprido. Não vai ser contestado por nenhum tribunal, porque será cumprido. O que constaria no corpo desse decreto? Os incisos do artigo 5º da Constituição”, afirmou durante evento sobre a Semana das Comunicações.
Citado por Bolsonaro, o artigo 5º diz que “Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País, a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade”.
Na reunião no Rio, estiveram presentes ministros, deputados e apenas um prefeito – Washington Reis (MDB), de Duque de Caxias. Segundo Reis, o único a falar com imprensa na saída, a conversa foi sobre parcerias entre o Estado e a União.
O presidente saiu do Laranjeiras por volta das 17h30 em direção ao aeroporto do Galeão, zona norte da cidade. Lá, está previsto um encontro dele com o motorista Robson Oliveira, preso na Rússia desde fevereiro de 2018.
Ele havia sido contratado pelo jogador de futebol Fernando, que hoje joga no chinês Beijing Guoan, para trabalhar no país de Vladimir Putin. O motorista foi detido ao entrar em território russo com remédios que são legais no Brasil e ilegais naquele país. O retorno dele se dá após negociações entre os dois governos.
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