Segundo o STJD, o número de torcedores teria que ser definido de acordo com a carga máxima estabelecida pelo município que sediará a partida, sem necessidade de que o local seja no estado do Rio de Janeiro. O despacho também diz que as “regras estabelecidas nos planos de retorno das cidades” devem ser respeitados, mas os argumentos não convenceram a CBF.
Na nota publicada nesta quarta, a entidade disse que a decisão contraria “a deliberação tomada pelos clubes em reunião do Conselho Técnico da Série A, ocorrida em 24 de março de 2021”. O texto também ressaltou que a CBF tem seu próprio protocolo para o retorno do público aos estádios e que, por isso, “qualquer partida realizada com público em desconformidade com tal planejamento inspira grande preocupação”.
“O pedido do C.R. Flamengo e a decisão proferida contrariam deliberação tomada pelos Clubes em reunião do Conselho Técnico da Série A, ocorrida em 24 de março de 2021 que, dentre outras questões, vedou a presença de público nos estádios até nova apreciação do assunto pelos Clubes. Tal vedação é objeto de Diretriz Técnica que integra expressamente o Regulamento Especifico da Competição”, registrou a CBF, no comunicado.
“Resolveram os Clubes, também, que nova apreciação da matéria somente ocorreria com a melhora dos índices epidemiológicos nas cidades-sede dos clubes participantes e desde que aprovado pelas autoridades sanitárias locais, em quantidade que garantisse a manutenção do equilíbrio técnico da competição.”
O pedido do Flamengo repercutiu negativamente entre os clubes, tanto que alguns deles se pronunciaram pouco tempo depois da manifestação da CBF. Santos e Palmeiras publicaram comunicados com textos iguais em suas redes sociais. A dupla paulista diz discordar integralmente da decisão, já que ela favorece apenas um clube, e critica a postura do STJD. “A decisão atenta contra a integridade da competição, sua credibilidade e isonomia”, dizem em dos trechos.
O Corinthians também se posicionou contra a liminar, mas sem replicar o texto divulgado pelos rivais. A nota corintiana diz que o clube só é a favor do retorno dos torcedores aos jogos se isso ocorrer “nos termos da reunião de março de 2021 ou conforme futura decisão colegiada, sempre no sentido de garantir a isonomia da competição”.
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