Segundo ele, a proposta será enviada entre esta segunda-feira, 23, e a terça-feira, 24, ao Conselho Curador do FGTS, órgão responsável pela gestão de recursos do fundo dos trabalhadores, que abastece o programa habitacional.
O documento foi formulado pela Secretaria Nacional de Habitação, do Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR), após consultas aos ministérios da Economia e Casa Civil.
A iniciativa foi tomada após conversas com empresários e a constatação de que os custos de construção tiveram um crescimento recorde, puxado principalmente pelo avanço dos materiais. O INCC chegou a bater em 17,3% nos últimos 12 meses. Por sua vez, o último reajuste no programa ocorreu em outubro de 2016.
“Tem muitos lugares em que já não se consegue construir dentro dos valores praticados. O aumento nos custos desorganizou todo o setor”, disse nesta segunda-feira o presidente da CBIC, durante entrevista coletiva à imprensa.
Questionado, Martins evitou detalhar o teor da proposta que a entidade da construção fez aos representantes do governo. Segundo ele, a expectativa é que o governo implemente um aumento nas faixas de preços e subsídios, mas isso deve ficar aquém ao considerado ideal pelos empresários.
O presidente da Comissão Imobiliária da CBIC, Celso Petrucci, disse estar otimista com o andamento do processo. “Minha expectativa é que os reajustes estejam implementados dentro de um mês”, afirmou.
Pesquisa divulgada nesta segunda-feira pela CBIC mostrou que as vendas de unidades dentro do CVA no segundo trimestre cresceram 2,1% em relação ao primeiro trimestre, para 32.349 unidades. Já os lançamentos subiram 29,6% na mesma base de comparação, para 28.723 unidades.
As vendas do programa habitacional representaram 49% das vendas totais do mercado imobiliário no segundo trimestre, enquanto os lançamentos responderam por 48%.
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