Em comunicado, o BC chileno afirma que no plano externo, os dados revelam uma perspectiva global que segue em trajetória de recuperação, consolidando as perspectivas para este ano, o que é “especialmente perceptível” em países que enfrentam uma situação epidemiológica mais controlada, de acordo com a autoridade.
Os mercados financeiros foram influenciados pelos últimos desenvolvimentos epidemiológicos e por surpresas nos dados das principais economias, segundo o BC. Assim, as taxas de juros de longo prazo acumulam quedas limitadas e o dólar se valorizou em relação a outras moedas. Os fatores ocorrem em um contexto em que persistem pressões sobre os custos, seja por dificuldades no fornecimento de mercadorias, aumento dos gastos com transporte, elevados preços de insumos e matérias-primas, aponta o comunicado.
No Chile, o peso se desvalorizou, atingindo seus menores valores até agora neste ano, o que coincidiu com a recente queda do preço do cobre e o fortalecimento global do dólar, segundo a autoridade monetária. Já a inflação subiu para 3,8% ao ano na medição de junho, tendo como principal fator para o aumento os preços dos combustíveis, “tanto pelo aumento nos últimos meses quanto pela baixa base de comparação”, aponta o documento.
Dessa forma, o hiato de atividade continuará se fechando rapidamente, a par de um elevado impulso fiscal e forte dinamismo de consumo, segundo o BC. “Isto cria condições para uma redução do impulso monetário, que se expressa no aumento” da reunião.
“Os ajustes futuros do serão avaliados de acordo com a evolução da economia”, projeta a autoridade. “De qualquer forma, mesmo em um contexto de gradual normalização, a política monetária continuará acompanhando a recuperação da economia”, afirma o BC. A próxima reunião do Conselho está marcada para o dia 31 de agosto.
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