O porta-voz da diplomacia chinesa, Zhao Lijian, acusou o governo americano de violar o princípio de neutralidade política no esporte. “A tentativa dos Estados Unidos de interferir nos Jogos Olímpicos de Inverno de Pequim devido ao preconceito ideológico, com base em mentiras e rumores, expõe apenas suas intenções sinistras”, declarou.
“Os Estados Unidos pagarão o preço de suas ações equivocadas”, afirmou. “Fiquem atentos”, respondeu ao ser questionado sobre as represálias da China, antes de voltar a classificar de “mentira do século” as acusações ocidentais sobre a situação em Xinjiang.
Em Washington, a porta-voz da Casa Branca, Jen Psaki, explicou na última segunda-feira a decisão do governo do presidente Joe Biden. “Se estivesse presente, a representação diplomática americana trataria estes Jogos como se nada estivesse acontecido, apesar das flagrantes violações dos direitos humanos e das atrocidades da China em Xinjiang. E simplesmente não podemos fazer isso”, afirmou.
“Os atletas dos Estados Unidos contam com todo o nosso apoio. Estaremos dando a eles 100% de suporte, enquanto torcemos por eles daqui”, completou Psaki.
Com as restrições da China à entrada de estrangeiros devido à luta contra a covid-19, poucos líderes mundiais devem viajar a Pequim, com exceção do presidente russo Vladimir Putin, que aceitou um convite do colega chinês Xi Jinping.
O Comitê Olímpico Internacional (COI) saudou o fato de a decisão “política” de Washington não impedir a participação de atletas americanos.
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