Os números são os mais elevados desde janeiro, quando o país registrou 144 infecções, incluindo 126 contaminações locais. O aumento se dá após a detecção de um foco de contágios num centro de testes, enquanto a variante delta, identificada pela primeira vez na Índia, representa um desafio aos esforços do governo de Pequim para controlar a pandemia.
A imprensa estatal descreve o atual surto como o mais grave desde que o vírus surgiu no fim de 2019 na cidade de Wuhan, região central do país. Dezenas de casos aconteceram em um centro de exames de covid-19 na cidade de Yangzhu. As autoridades emitiram alertas para evitar o manuseio incorreto dos testes de covid-19, o que pode facilitar a propagação do vírus. Outro foco foi registrado entre trabalhadores do serviço de limpeza do aeroporto de Nanjing, que depois se propagou para outras partes do país.
O aumento do número de casos também foi registrado no Reino Unido. Segundo a Associated Press, a região registrou 146 mortes suspeitas pela doença hoje, o maior número desde fevereiro. No entanto, o aumento provavelmente foi devido aos efeitos do fim de semana. Nos dois dias anteriores, foram registrados 37 e 39 óbitos.
Apesar das infecções, autoridades de saúde afirmam que mais de três quartos dos adultos no Reino Unido receberam as duas doses das vacinas contra o coronavírus, um marco que o primeiro-ministro Boris Johnson descreveu como uma “grande conquista nacional”. Os últimos números do Departamento de Saúde e Assistência Social na terça-feira mostraram que 39,7 milhões de pessoas já foram imunizadas com as duas aplicações. Mais de 47 milhões, ou 89% da população adulta, receberam a primeira dose.
Na corrida pela vacinação, Portugal planeja expandir a implementação da vacina contra a doença a todos os adolescentes dos 12 aos 15 anos, anunciou a Direção-Geral da Saúde do país, segundo a Associated Press. Autoridades disseram que a hesitação se deve à falta de dados, mas a diretora-geral da Saúde, Graça Freitas, comentou que estudos na União Europeia e nos Estados Unidos dissiparam as dúvidas em Portugal.
Enquanto isso, a chanceler da Alemanha, Angela Merkel, anunciou que o país vai encerrar os testes gratuitos de coronavírus para seus cidadãos a partir de outubro, em parte para incentivar as pessoas a se vacinarem. Segundo ela, o país tem imunizantes suficientes para sua população – mais da metade já está totalmente imunizada. No entanto, de acordo com a Associated Press, alguns políticos alemães criticaram a proposta, argumentando que se tratava de um imposto sobre os pobres.
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