China registra maior número de casos de covid-19 em 7 meses

O número de novos casos de covid-19 registrados na China, nesta terça-feira, 10, foi o mais alto nos últimos sete meses. As autoridades de saúde do país reportaram 143 novos casos de coronavírus, sendo 108 deles em transmissões locais.

Os números são os mais elevados desde janeiro, quando o país registrou 144 infecções, incluindo 126 contaminações locais. O aumento se dá após a detecção de um foco de contágios num centro de testes, enquanto a variante delta, identificada pela primeira vez na Índia, representa um desafio aos esforços do governo de Pequim para controlar a pandemia.

A imprensa estatal descreve o atual surto como o mais grave desde que o vírus surgiu no fim de 2019 na cidade de Wuhan, região central do país. Dezenas de casos aconteceram em um centro de exames de covid-19 na cidade de Yangzhu. As autoridades emitiram alertas para evitar o manuseio incorreto dos testes de covid-19, o que pode facilitar a propagação do vírus. Outro foco foi registrado entre trabalhadores do serviço de limpeza do aeroporto de Nanjing, que depois se propagou para outras partes do país.

O aumento do número de casos também foi registrado no Reino Unido. Segundo a Associated Press, a região registrou 146 mortes suspeitas pela doença hoje, o maior número desde fevereiro. No entanto, o aumento provavelmente foi devido aos efeitos do fim de semana. Nos dois dias anteriores, foram registrados 37 e 39 óbitos.

Apesar das infecções, autoridades de saúde afirmam que mais de três quartos dos adultos no Reino Unido receberam as duas doses das vacinas contra o coronavírus, um marco que o primeiro-ministro Boris Johnson descreveu como uma “grande conquista nacional”. Os últimos números do Departamento de Saúde e Assistência Social na terça-feira mostraram que 39,7 milhões de pessoas já foram imunizadas com as duas aplicações. Mais de 47 milhões, ou 89% da população adulta, receberam a primeira dose.

Na corrida pela vacinação, Portugal planeja expandir a implementação da vacina contra a doença a todos os adolescentes dos 12 aos 15 anos, anunciou a Direção-Geral da Saúde do país, segundo a Associated Press. Autoridades disseram que a hesitação se deve à falta de dados, mas a diretora-geral da Saúde, Graça Freitas, comentou que estudos na União Europeia e nos Estados Unidos dissiparam as dúvidas em Portugal.

Enquanto isso, a chanceler da Alemanha, Angela Merkel, anunciou que o país vai encerrar os testes gratuitos de coronavírus para seus cidadãos a partir de outubro, em parte para incentivar as pessoas a se vacinarem. Segundo ela, o país tem imunizantes suficientes para sua população – mais da metade já está totalmente imunizada. No entanto, de acordo com a Associated Press, alguns políticos alemães criticaram a proposta, argumentando que se tratava de um imposto sobre os pobres.

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